Mão de Beiças - estava a correr tudo tão bem…
Imagem retirada do nosso vizinho, dessa floresta endémica: "Povo Açoriano? Isso não dá pão!"
Terça-feira é sempre aquele dia da semana… como eu gosto das terças-feiras. E porquê?! Porque a minha avó dizia que não devemos casar numa terça-feira?! Também. Mas porque terça-feira é o primeiro dia da semana para o Correio dos Açores. O que significa que tiveram mais tempo para o trabalho de “investigação”. E essa semana temos o quê? Algo que só um visionário como o Papio podia prever: Fajã do Calhau.
Por momentos, João Paz juntou-se a Carlos Ávila e isso só pode ser bom sinal porque, enquanto decorreu a entrevista, eles não tiveram a fazer mais nada. O que é uma excelente noticia para o resto do Planeta. E como é que decorreu essa tal entrevista? Cá vai:
“Correio dos Açores – Assumiu funções como presidente da câmara já com as obras do novo acesso à Fajã do Calhau na recta final. Qual a sua opinião sobre esta obra?
Carlos Ávila (presidente da câmara municipal da Povoação) – Sempre entendi que os Serviços Florestais, pelo conhecimento acumulado ao longo de anos, tanto pelos seus técnicos, como pelos seus funcionários operacionais, seria a única entidade, pública e privada que nos Açores poderiam construir aquele caminho. Acho que é de louvar a capacidade técnica dos serviços que são do governo e de nós todos. Neste sentido, não acho que houvesse outra solução para aquela construção.
Há ecologistas que consideram esta obra um crime ambiental.
Não concordo. Houve de facto momentos em que assim parecia que isso acontecesse, mas com os anos a natureza regenera-se, mas com os anos a natureza regenera-se e os Serviços Florestais hão-de fazer tudo com certeza, para que a reposição da paisagem natural aconteça no mais curto espaço de tempo. Aliás, gostaria que a reflexão fosse feita, por comparação com os acessos há muito construídos, para as Fajãs de S. Jorge que hoje todos defendem. Há que valorizar sobretudo e em ecologia este aspecto é muito importante, a preservação dos espaços e das produções agrícolas tradicionais, para rentabilização da economia local das famílias. Este caminho vem facilitar o trabalho agrícola tradicional das famílias de Água Retorta, objectivo este que, na minha opinião, só pode ser valorizado.
(…)
Em sua opinião, o que deve ser a Fajã do Calhau?
Preservar a vida actual da Fajã do Calhau a todo o custo. Preservar o seu modo de vida social. Preservar os métodos agrícolas tradicionais, ainda usados pelos seus proprietários. Preservar a sua arquitectura tradicional. Preservar a organização tradicional do seu espaço físico. Preservar as veredas para a circulação das pessoas e não permitir a circulação automóvel no seu interior. Neste sentido estamos a ponderar organizar um regulamento, com a participação dos proprietários que oriente os responsáveis nas suas decisões.”
Se está a pensar que esse senhor, o pai do… coiso, faltou ao workshop – “como metamorfosear um crime ambiental numa coisa menos má, parte II” organizado ali para os lados do bairro da Vitória, então é porque não teve acesso ao resto do jornal. Lá para a página 23, temos o seguinte titulo: “Cerveja mais barata que água mineral”. Está menos confuso agora, não está?!
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2 comentários:
Esse gajo é uma anedota. Quando está sóbrio só diz disparates. Porém quando está bêbado só diz disparates.
Pobre povoação.
Afinal o crómio do filho sai ao pai!
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