“O Mickael Carreira do PS Açores”
“Alguém realçou na caixa de comentários a entrevista dada por vexa sr. filho do presidente do governo regional dos Açores. Efectivamente, o rapaz oferece-nos pérolas cómicas demais para não ser postadas aqui no Metropolitano. Comecemos pela importância deste diálogo entre o entrevistador e o sr. filho: “o teu avó foi fundador do clube naval… Não, mas foi um dos principais impulsionadores”. Vá-se lá saber de que forma.
Segue-se algo que é surreal. Afirma o entrevistador: “Depois de concluíres o 12º ano decidiste entrar para política.” Sr. Filho, aparentemente incomodado, rectifica prontamente o entrevistador: “Eu nunca decidi ir para a política. A política faz parte de toda a minha vida”. Ai, que esta até a mim doeu. Toma lá, sr entrevistador, este menino já nasceu com um destino traçado, ir para a política. E adianta o sr. filho em tom de humor engraçado (ahaha que já me estou a rir com a graçola): “Costumo dizer, eu faço política desde miúdo. Com 5 anos já ia a comícios”. Reparem bem que a política, para o filho-menino, não é trabalhar para o bem comum, não é serviço público, é, isso sim, ir a comícios. Genial. Ah, e agora um outro exemplo, ahahah, vejam só como isto da política é mesmo ele, é tão engraçado: “Há pouco tempo encontrei o António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa, e ele dizia-me que se lembrava de mim com 3 anos num congresso em Tróia”. Estamos todos a ver o puto diabrete todo roliço lá no congresso a fazer travessuras aos senhores socialistas. Que giro. Digam o que disserem, mas se isto não é uma pessoa nascer para a política, eu não sei o que é.
Passemos aos sábios conselhos parentais: “o meu pai sempre me disse para acabar o curso, arranjar uma profissão e só depois ir para a política. Mas como sempre gostei muito da política, ia sempre lá parar”. Isto é o máximo. Notem bem que o sr. filho diz, no fundo, que não tem nenhum curso (eu também não, lá por isso), nem sequer uma profissão (isso eu já tenho, pobre mas honrada). O sr. filho vive do erário público. Mas não faz mal, porque é a sua herança.
Agora a vida privada (tornada pública pelo próprio) do sr. filho: “A minha mulher anda a ver se me entretém com outro hobby, comprou uma playstation”. Então? Claro que sim. Jogar playstation? Está-se mesmo a ver. Claro que isto é normal para quem não tem uma profissão. Uma pessoa tem que se entreter com alguma coisa, até porque a ociosidade é mãe de todos os vícios. Não querem ver o sr. filho andar nas drogas, pois não?
Somos todos uns sortudos por termos o sr. filho como político e deputado. Certamente que com esta entrevista todos os socialistas que foram ultrapassados pelo miúdo ficaram a saber que afinal não tinham razão. Afinal de contas, nenhum deles andava com 3 anos em congressos do PS, eram só pessoas interessadas na melhoria da vida dos seus concidadãos. Mas isso interessa? Claro que não.”
Retirado no nosso vizinho Metropolitano Açores. E depois, em resposta, um anónimo, por volta das 23:07, disse:
“A descredibilizada Berta Cabral falou hoje na credibilização dos políticos.
Quando no tribunal de Ponta Delgada, frente às câmaras de TV, arrumou com o líder do seu partido Costa Neves, Berta Cabral credibilizou a politica.
Quando na noite eleitoral, valorizou a sua relativa vitória em Ponta Delgada e voltou costas às centenas de candidatos derrotados do seu partido, Berta Cabral credibilizou a politica.
Entre estas proezas e os deslizes do jovem deputado César, vai alguma diferença.”
*de vez em quando.
3 comentários:
E ainda dizem que não há "jobs for the boys"... Neste caso até se pode dizer que há "jobs for the kids"...
Quanto ganha um deputado da assembleia regional dos Açores?
Para aí: 4000€ mais despesas de representação, milhas da Sata e por aí fora...
Gostei da expressão "Jobs for the Kids" que se aplica na perfeição. Realmente aquele lugar elegivel na lista do PS para o filhinho do papá veio mesmo a calhar. E agora até já pode ter o estatuto trabalhador/estudante. É como tudo na vida uma questão de oportunidade.
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