Domingo, solarengo, para não variar, fomos à bola. Nós e muitos mais, se bem que, esta época, já vimos as 13277 cadeiras ocupadas por mais gente (sim o jogo foi tão interessante que tivemos tempo para contar as cadeiras). Não foi uma tarde lá muito agradável. O cor de rosa do Vítor Pereira não alvorava nada de bom. Pelo menos se a Charanga dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, orientada pelo grande chefe Pavão equilibrassem o “Karma”. Mas não. Nem as duas voltas completas, às quatro linhas, fizeram com que Ruy Netto, Hernani Tomás, Nuno Santos, Oliveira e companhia jogassem melhor.
A primeira parte foi chata, aborrecida e enfadonha. Com muitos passes errados, muitas perdas de bolas, com os atletas muito parados. Pior só mesmo as palavras bem foleiras e muitas vezes estúpidas vinda da bancada. O “Sobe! Sobe! Sobe!” as primeiras 268 vezes até aceitamos mas mais do que isso farta. Um bocadinho, mas farta.
Tudo bem que a indumentária de Vítor Pereira era de fraco gosto mas dai afirmar que não percebe nada de futebol vai uma distância muito grande.
Se pensavam que não havia alguém mais baixo e mais irrequieto do que o Oliveira, Roma veio provar que estavam enganados e, antes do intervalo, acelerou para o golo marcado por Jorge Monteiro.
A segunda parte o filme foi o mesmo. Mau jogo dos Açorianos. Só que, aos 67 minutos, o árbitro Vasco Santos, o melhor em campo, assinalou grande penalidade, a castigar mão de Sacramento na bola. O “Karma” não estava equilibrado ainda e Ruy Netto rematou para a defesa de Igor.
O público desanimou, os palavrões aumentaram de ritmo, a derrota parecia certa e até o Eduardo Costa (fotografo do Açoriano Oriental) não acreditou e abandonou o recinto. Só que aos 90 minutos, quando só os Red Boys acreditavam, eis que surge mais uma falta dentro da área e dessa vez o outro Neto não falhou.
Um importantíssimo ponto na difícil caminhada ruma à primeira liga.
Bem vestidos, os nossos Red Boys on Fire foram, de longe, o melhor da tarde (tirando os primeiros instantes da segunda parte, já que as bandeiras, os tambores e o megafone ficaram sós por alguns minutos). Nunca o “Quem é tê pá!?” fora cantado tão bem e, até do lado de cá, já há um ou outro adepto, menos tímido, que os acompanham.
Mostraram ainda que estudaram muito bem o adversário. Ninguém diria que aqueles 11 jogadores do Sporting da Covilhã realizavam filmes. Pelo menos um filme, por sinal cópia da obra do centenário Manoel de Oliveira, o seu Aniki Bóbó. Pois dedicando-lhe um cântico ao qual juntaram a equipa do Sporting da Covilhã. Já estão a adivinhar o resultado, não estão? “Oh Covilhã faz um… iá iá iá oh!!”.
Bem-haja a todos, pois sem eles esse ponto conquistado não seria possível. Vamos esperar que a vossa persistência, trabalho e dedicação empurre o nosso Santa Clara para as vitórias nas sete restantes partidas: Vizela, Boavista, Olhanense e Feirense fora, Varzim, Desportivo das Aves e Oliveirense em casa.
Imagem retirada do Açoriano Oriental.
1 comentário:
Red Boys On Fire disse...
esta foto representa um orgulho nós e para os Açores
Red Boys
4/06/2009 1:22 PM
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