Uns dizem que há mais de quatrocentos anos os vulcões que soterravam a Ilha do Velho Arcanjo Miguel, que a crise de 1563/64, com o Pico do Sapateiro em erupção, é de perene memória para os ribeiragrandenses, levaram um Governador seu a vir, em cavalgada, acompanhado por mordomos do Divino Espírito Santo, agradecer a São Pedro, da Ribeira Seca, Ribeira Grande, milagres ocorridos.
Outros mais asseverem que o Rei das Cavalhadas representa o Chaveiro do Céu, quando este, em pregação, congregava multidões para a fé no Senhor.
Finalmente, alguns de entre eles postulam que as Alâmpadas, longos cachos armados com flores [bordões de São José e hortências] e frutos temporãs [entre outros, o milho, o pepino, a ameixa e o ananás], derivam de uma forma de agradecimento pelo renascer da terra depois de estéril devido às seculares crises vulcânicas.
Dir-se-á que estamos ante uma multiplicidade de explicações, a resvalarem no seio do lendário [lenda], para a origem das Cavalhadas de São Pedro e de elementos festivos em seu redor(…)
(…)A Festa nas suas vertentes de sagrado e de profano não poderia ser mais completa.
[Hermano Teodoro, 2003( grande historiador ribeiragrandense)
Mais uns dos muitos cultos seculares e endógenos que esse “meltingpot” que é os Açores, nos tem para presenciar. Com a ajuda das entidades competentes, privadas ou não essa e muitas tradições comecem a traçar um rumo. Enredado e complexo mapa de tradições seculares que começam também com o mediatismo actual e com a sabedoria que evolução dos tempos exige, marcar a sua posição. Assim sendo cabe a nós comuns dos mortais, exigir que assim seja. E como tal não necessitamos votar, simplesmente comparecer e fazer fluir o espírito profano e religioso do evento. Divertirmos e deliciarmo-nos com as “bestas” todas vestidas a rigor em traje de gala, e cavaleiros suigeneris, únicos no apostolado de Pedro. E todos outros enterteiners habituais da festa profana, que são chamariz dessa mui bela cidade da Ribeira Grande, centro da ilha mui nobre de São Miguel.
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4 comentários:
Eis o homem desaparecido... O pessoal já sentia falta do positivismo contagiante!
Na recta final dos exames, e o jord�o farias est� sempre apertar comigo e teve que sair esse post, sen�o era despedido...lol
Tentar contribuir como mais aassiduidade esse mui nobre e ascendente Blog. Se bartolomeu Gusm�o soubese desse Blog,xixa!!! Usava como ascensor.... Fro�a Malta!!
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Lá estas tu com essa tua lingua viperina, homen não é mau historiador, até ja tem alguns trbalhos interessantes... Acho que deve ser do isolamento...pois mora numa freqguesia muito muito longuínqua... lol....
É verdade...
da casa do Hermano Teodoro até ao centro da RG vão pra aí umas 2 horas de viagem e se a estrada estiver desimpedida de vacas... aquele homem também pá... tinha mesmo que ir morar pra Sta Bárbara... oh fim do mundo!
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