Açores genial #5



Festas de S. Pedro na Ribeira Grande

#5

Junho de 2008


Uns dizem que há mais de quatrocentos anos os vulcões que soterravam a Ilha do Velho Arcanjo Miguel, que a crise de 1563/64, com o Pico do Sapateiro em erupção, é de perene memória para os ribeiragrandenses, levaram um Governador seu a vir, em cavalgada, acompanhado por mordomos do Divino Espírito Santo, agradecer a São Pedro, da Ribeira Seca, Ribeira Grande, milagres ocorridos.

Outros garantem que um mouro, para se afirmar cristão, organizou uma procissão de Cavaleiros, onde nela usou uma máscara, tendo feito uma peregrinação até ao templo do Apóstolo Papa.
Outros mais asseverem que o Rei das Cavalhadas representa o Chaveiro do Céu, quando este, em pregação, congregava multidões para a fé no Senhor.

Outros ainda afirmam que os Cavaleiros daquele seguidor de Cristo fazem lembrar torneios e manifestações teatrais de épocas tardo medievais.

Finalmente, alguns de entre eles postulam que as Alâmpadas, longos cachos armados com flores [bordões de São José e hortências] e frutos temporãs [entre outros, o milho, o pepino, a ameixa e o ananás], derivam de uma forma de agradecimento pelo renascer da terra depois de estéril devido às seculares crises vulcânicas.

Dir-se-á que estamos ante uma multiplicidade de explicações, a resvalarem no seio do lendário [lenda], para a origem das Cavalhadas de São Pedro e de elementos festivos em seu redor(…)
(…)A Festa nas suas vertentes de sagrado e de profano não poderia ser mais completa.
[Hermano Teodoro, 2003( grande historiador ribeiragrandense)

Mais uns dos muitos cultos seculares e endógenos que esse “meltingpot” que é os Açores, nos tem para presenciar. Com a ajuda das entidades competentes, privadas ou não essa e muitas tradições comecem a traçar um rumo. Enredado e complexo mapa de tradições seculares que começam também com o mediatismo actual e com a sabedoria que evolução dos tempos exige, marcar a sua posição. Assim sendo cabe a nós comuns dos mortais, exigir que assim seja. E como tal não necessitamos votar, simplesmente comparecer e fazer fluir o espírito profano e religioso do evento. Divertirmos e deliciarmo-nos com as “bestas” todas vestidas a rigor em traje de gala, e cavaleiros suigeneris, únicos no apostolado de Pedro. E todos outros enterteiners habituais da festa profana, que são chamariz dessa mui bela cidade da Ribeira Grande, centro da ilha mui nobre de São Miguel.

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4 comentários:

André disse...

Eis o homem desaparecido... O pessoal já sentia falta do positivismo contagiante!

Miguel Rosa disse...

Na recta final dos exames, e o jord�o farias est� sempre apertar comigo e teve que sair esse post, sen�o era despedido...lol
Tentar contribuir como mais aassiduidade esse mui nobre e ascendente Blog. Se bartolomeu Gusm�o soubese desse Blog,xixa!!! Usava como ascensor.... Fro�a Malta!!

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Miguel Rosa disse...

Lá estas tu com essa tua lingua viperina, homen não é mau historiador, até ja tem alguns trbalhos interessantes... Acho que deve ser do isolamento...pois mora numa freqguesia muito muito longuínqua... lol....

Anónimo disse...

É verdade...
da casa do Hermano Teodoro até ao centro da RG vão pra aí umas 2 horas de viagem e se a estrada estiver desimpedida de vacas... aquele homem também pá... tinha mesmo que ir morar pra Sta Bárbara... oh fim do mundo!