Put yourself on the eye of the street

Estou com a tv encravada na RTP-2, a tal que era para fechar, e como estou sem pilhas estou a ver a votação na especialidade, e que especialidade que é. Uma verdadeira iguaria, vá. Pronto, um pitéu dos maus. Vocês nem sabem o que estão a perder. Eu próprio não fazia a mínima ideia e não fosse isso causar problemas intestinais, eu era capaz de ver até ao fim. Enfim. Cingimos ao que vi: a presidente daquilo - que noutro tempo chamávamos a casa do Povo e da Democracia - belos tempos aqueles - quer dizer em quase 40 anos acho que aquilo nunca foi bem isso - uma loira qualquer disse, e passo a citar: " parece que já estamos todos. Os 300 (trezentos) deputados!" Sim ela disse trezentos! Depois de muito atrapalhação, acanhamento e uma pitada de estupidez, por parte da mesa, lá iam debitando, com muitos erros, as normas e os decretos. Até que um certo Bernardino José Torrão Soares (Torrão, estou certo, por estarmos perto do Natal) avisa a mesa que os deputados, dos outros grupos parlamentares, nem se davam ao trabalho de levantar os seus ilustres rabos das cadeiras, na hora de votação. Quer dizer, aqueles 230 paspalhos não fazem ponta, todo o dia, e a única coisa que era suposto fazer, não o fazem. Mesmo depois da tal loira pedir para fazerem. Depois disso e com medo, quiçá, daquilo que o Povo - pouco, muito pouco, pois já ninguém vê isso - pelo menos aqueles que têm pilhas no comando - podia dizer, pediu a palavra e... ... eu não vou citar o que um meio-tonto qualquer, do PS,(Eduardo Cabrita de seu nome - só para o caso de cruzarem-se com ele numa prisão qualquer) disse mas foi mais ou menos assim: É preciso enaltecer o esforço de muitos que trabalham nessa casa, que tiveram aqui até à 1:00 da madrugada! Para esses casos, meus caros, os brasileiros têm uma expressão muito gira: Como é que era?! Ah! Já sei: "Vai tomar no cú!" Pensando bem, se calhar foi por isso que não se levantavam.

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