O Mário Roberto é que sabe - Enamorados

"Admiro a forma como Carlos César e Berta Cabral manifestam o seu afecto um pelo outro. São tão queridos que nos fazem acreditar no amor entre políticos de cores diferentes, melhor dizendo – miscigenação política. BC comoveu-me ao acusar César de despesismo, o que não corresponde bem à verdade, porque César não gasta, apenas investe. Mas quem me fez mesmo ficar com os olhos húmidos foi o sr. presidente himself. Ouvi-lo retorquir aos mimos de Berta Cabral constituiu para mim uma epifania. Aí percebi quanto significam um para o outro, mesmo que seja a possibilidade de cada um ter um alvo móvel pessoal, a quem apontar e disparar. Entre BC e CC e as famílias de Vila Franca que andaram a trocar tiros entre si, existe apenas uma ténue distância. As palavras de CC tornaram quase inquestionável essa minha descoberta. O diminutivo que utilizou, (“ainda hei-de ver a Dra. Berta a andar com o seu carrinho para trás e para a frente, nas SCUT, em segurança”) dito num tom lânguido, só precisava ser ciciado como quando nos dirigimos aos bebés (sabe-se lá porquê) para que eu tivesse a certeza absoluta da sua afinidade enamorada. E as admoestações que fazem um ao outro, ainda que públicas, nada mais são do que carinhosos conselhos (Olha, se gastasses menos dinheiro era melhor para a tua vida). Nós é que nos habituámos a ver mal em tudo e esquecemo-nos de que os políticos também têm sentimentos. Os Açores possuem uma mais-valia que pode ser tanto ou mais prestigiante do que estar incluído nas Sete Maravilhas Naturais de Portugal. Temos condições geográficas e climatéricas para produzir cannabis da melhor. Quem sabe se BC e CC, visionários como são, já não estão a fazer testes práticos com as plantas do Pico e S. Jorge? Isso poderia mesmo ser outra explicação para a doçura com que se tratam."

Tudo isso no AO.

1 comentário:

Costa disse...

Só o cheiro é diferente... o resto vocês já sabem!