Há dias o médico que foi expulso dos Açores por falar de mais, Mário Freitas, deixou um comentário aqui no Candilhes. Ora como eu não sei escrever, esperei até que algum dos meus vizinhos escreve-se sobre o assunto. E voilá – eis que o nosso vizinho Mal dos Açores escreveu sobre uma série de acontecimentos verdadeiramente estranhos, mesmo para uma terra como a nossa. Vejam lá se concordam:
"A saúde nos Açores vai mal"
"Face ao que veio a público e face ao que o médico Mário Freitas colocou, hoje, num dos seus blogues (Para mais tarde recordar...), creio estar respondida a minha pergunta de há uns dias. Como vai a saúde nos Açores? Vai mal. Vai mal porque, como tenho dito, não há uma estratégia para a saúde delineada por este governo e porque nos últimos tempos observa-se a aplicação de medidas de motivadas por questões pessoais e não do interesse comunitário. Durante a epidemia de gripe A, fui crítico em relação à forma de tratar a informação por parte do médico Mário Freitas, mas como já disse recentemente, a forma como Carlos César e o seu governo trataram e estão a tratar este médico é deplorável. César e os seus "lacaios" estão a vingar-se não se sabe bem do quê... mais, tentam destruir a vida de um homem, que bem ou mal, veio mudar a forma como os açorianos olham para a sua saúde e a saúde pública. César devia portar-se menos como o ditador e imperador romano Julius Caesar e mais como o Carlos César que ganhou as eleições em 1996. O quero, posso e mando não fica bem a ninguém. Muito menos quando se faz por liquidar pessoas. Fala-se tanto da falta de médicos e da necessidade de mudar essa situação, mas o que se vê é a colocação de reformados amigos em lugares em que devem estar pessoas com novos conhecimentos, novas atitudes face aos desafios da saúde, e pessoas com vontade trabalhar e não de apenas serem yes men. Há países europeus em que todos os cidadãos têm direito a médico de família, estejam na cidade, na aldeia ou na ilha. Nesses países, a maioria dos médicos trabalha no sistema público, dominante na Europa, e existe um modelo de filtragem que obriga os doentes a visitarem primeiro o centro de saúde e depois o hospital, em caso de necessidade. Os médicos especialistas são o último recurso. Nesses países, as consultas duram em média 10 minutos, evita-se a prescrição indevida de medicamentos. Esses países têm nome e incluem Espanha, considerada recentemente como o país com o melhor sistema nacional de saúde. Os espanhóis têm cerca de 50 milhões de habitantes, e todos, mesmo os imigrantes, têm acesso gratuito a um médico de família. Têm aldeias e mais ilhas que nós. Enfim, queremos melhor saúde e menos vendetas, e nesta questão não peço menos do que os espanhóis, ingleses ou dinamarqueses."
2 comentários:
A ditadura de Carlos César reflecte-se na Saúde, até que enfim que a cidadania começa a abrir os olhos...
sódehknamão
o que mais irrita é o silêncio e a conivência dos outros partidos políticos para que estas situações de verdadeiro "Salazarismo" ocorram! Amo esta terra, mas sinto uma perfeita mágoa quando vejo algumas personagens deturparem o que devia ser a verdade e a seriedade. Carlos César, vai-te embora meu grande filho do Pai!
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