(…)”Colocando-se agora um cenário de privatização, alguém acredita que a rede dos CTT se manteria intacta? Muitas estações não resistirão aos imperativos de rentabilidade, sobretudo as que se encontram em pequenas localidades, distantes dos grandes centros urbanos. A tentação de as encerrar acontecerá com certeza. Eis um exemplo de como a prossecução do interesse público por entidades privadas possui naturais limitações. Alguns argumentarão que tal tentação não se colocaria porque o modelo de privatização passaria por o Estado suportar os custos de tais serviços não rentáveis. Mas, admitindo tal estratégia, estaríamos então a privatizar os lucros e a nacionalizar os prejuízos, um negócio com uma racionalidade no mínimo duvidosa.
Sobretudo pelas razões acima referidas – prestação de um inegável serviço público que ainda por cima é uma fonte de receita do Estado – a privatização dos CTT é uma medida que merece, no mínimo, ser seriamente questionada. Uma iniciativa corre já pela Internet neste sentido – www.correiopublico.net. Procurará nos próximos tempos mobilizar a opinião pública, através de acções no mundo real e no mundo virtual, contra tal privatização. Uma vez que me encontro envolvido na organização da mesma, lanço o convite a todos os interessados para aderirem. Porque não faz sentido descartar os CTT, pois não?”
Isso e muito mais, aqui no especialista – Activismo de Sofá.
1 comentário:
Obrigado pela referência e adesão à causa. Abraço
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