Mega Hiperglicemia - “Cartada contra a privatização dos CTT”

“No dia 22 de Abril, vamos juntar-nos nos Restauradores, para enviar uma carta ao Primeiro Ministro, a explicar-lhe porque é que é um erro crasso privatizar os CTT. Traz a tua carta escrita e endereçada e vem ter connosco em frente à estação dos Restauradores.
Aqui publicaremos as cartas de quem as quiser tornar... públicas.”

Como eu não tenho jeito nenhum para escrever mas tenho um blog – aqui está um paradoxo raro – e como os Restauradores ficam a 2000 km da minha casa, ou pior a 250€ dos Açores, deixo aqui o contributo para uma causa verdadeiramente nobre. Isso apesar do Pai Natal nunca ter respondido à minha cartas. Mas a culpa deve ser do Rodolfo e da falta de palha na Lapónia.

Fiquem com o vídeo e com o manifesto desse grupo de verdadeiros Heróis Nacionais, que tentem salvar o pouco que ainda nos resta. Ah! Só mais uma coisa: se nos Estado Unidos, o expoente máximo do capitalismo, os Correios continuam a ser um empresa publica e com muito sucesso, porque é que aqui teremos que injectar milhões para depois vender uma empresa que é nossa, por direito, e que ainda por cima dá lucro?!



“Manifesto”

“Os dogmas ideológicos recentemente veiculados pela Comissão Europeia, contra todas as evidências da grave crise económica global que estamos a viver, pressionam os estados-membros para uma contenção rápida do déficit público e para a privatização generalizada das empresas na órbita do Estado.

O Governo Português, com o PEC que apresentou ao país, mostrou que partilhava da mesma visão.

Ao elencar uma extensa lista de empresas a privatizar, o Governo anunciou, satisfeito, que poderia arrecadar cerca de 6 mil milhões de euros e assim reduzir o défice em igual montante.

Para estes responsáveis, a apresentação de uma estatística do défice ao final do ano é tudo. O facto de o Estado perder instrumentos importantes para a concretização de políticas públicas, económicas, sociais e ambientais não é nada importante.
Mas se as privatizações degradam a democracia e atacam o serviço público, são também economicamente prejudiciais, pois as receitas extraordinárias conseguidas à custa da venda de activos que são de todos não compensam no médio prazo a perda de dividendos que esses activos geram.

Neste quadro, a privatização dos CTT é particularmente chocante.
Os CTT como empresa pública são uma importante fonte de receita para o Estado, contribuindo para reduzir o défice, mas ao mesmo tempo são um instrumento fundamental de integração e coesão territorial.

Os CTT têm sido reconhecidos, nacional e internacionalmente, como uma empresa-modelo do ponto de vista da gestão e da qualidade do serviço e nenhuma empresa privada prestará com a mesma qualidade ou o mesmo preço alguns dos serviços dos CTT, menos rentáveis mas socialmente fundamentais”


Junte-se também à causa que afinal também é sua. Para mais informações clicar aqui no: Correio Público.

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