Put yourself on the eye of the street

Aqui o Jordão deve ter cara, e não só, de estrangeiro. Só pode. É que o DEG – o maravilhoso departamento de Economia e Gestão, da Universidade dos Açores, encarregou um enviado especial para abordar turistas e seus acompanhantes com um, (preparados?!) questionário, em inglês: questionnaire. E eu que pensava que a palavra mais correcta fosse: survey. Mas pronto é a chamada educação ao logo da vida. Lá então fiz o meu papel de “Kiwi” ou “New Zealander”, se preferirem, e respondi às perguntas:
Sex, age, marital state e por aí fora. Até que, mais ou menos a meio, encontrei uma pergunta verdadeiramente interessante do ponto de vista económico, acho eu, que é o tempo de estadia, ou em inglês – length of stay. Ora nesse ponto tinha três hipóteses: < 1 weak; 1 to 2 weaks ou ainda >3 weaks. Sim leram bem: weaks. Ou em português: fraquinho. Pronto: fraco, está melhor assim?! E sim, as três vezes estão escritas weaks e não weeks.

Eu sei que não passa de um simples erro de tradução. Mas que imagem ficam os nossos visitantes com esses e outros de erros de tradução, de falta de profissionalismo, de falta de simpatia nos restaurantes e nos bares e por aí fora? É que eles não têm hipóteses de mudar e de dizer: “Nesse restaurante não ponho mais os pés!” Eles não põem os pés é nos Açores, nunca mais.

Vou vos dar um exemplo, só para perceberem melhor: este último fim-de-semana, alguns dos Candilhes, (sim eles existem ainda, estão é malandros ou então casaram-se) foram a um bar, ali prós lados das Portas do Mar, em inglês: gates of the sea; um que não posso divulgar, só para evitar processos, que isso agora, depois do almoço, não convém, mas o primeiro nome é red e o último é quente, mas em inglês. Estão a ver qual é, não estão?! Pois, acontece que aquilo estava tão cheio, tão cheio, tão cheio que fazia eco. Só viemos a descobrir porquê tarde demais. Já sentados em cadeiras, ou algo muito parecido, começaram a pedir. E que pedidos:
- Licor de amora, se faz favor.
- Já não temos.
- Moscatel?!
- Acabou a semana passada!
- Cerveja preta da mesma marca que está no balcão?!
- Também não temos!
- Boémia?!
- Lamento!
- E Guinness? Estava ali no balcão uma torneira da Guinness!
- Já não há!
- Olhe, é mais fácil assim: o que é que os senhores têm?
- Cerveja.
- Boa! Então era uma Sagres pequena, se faz favor.
- Só temos de pressão.
Já perceberam porque é que o bar faz eco?!



Visto dessa forma, parece um planeta diferente não é?! Já agora essa imagem foi retirada da página oficial do turismo da New Zealand.

2 comentários:

redboysonfire@sapo.pt disse...

pois, nos bares aonde à Viegas acontece isso com muita frequência, enfim é só azia que temos. o mais interessante são as festas organizados por este Governismo mesmo nas barbas da vergonha, que tal o Sr. Secretário N.R. organizar a festa da Vergonha nas Portas do Mar, em vês de andar a fazer festas de flores. só sai na rifa floristas...

k2ou3 disse...

Mas hooo...
Tu ainda fazes de "tourista"??