Hiperglicemia - Anthero foi a Paris mas não viu a Torre Eiffel

Ser romântico é: ser atropelado por um carrinho de bebé, enviar a cabeça dentro de um Radarange e dar o nome Benfica à sua galinha preferida, pois esta está sempre a perder-se. Mas o que é que isso tem de romântico? Nada! Mas ontem vimos uma espécie de… ou melhor, uma visão sobre a vida e obra de um nobre Açoriano, filho de um dos bravos do Mindelo, neto de um amigo e companheiro de Bocage. O que deixa qualquer um, dos comuns mortais, confuso, é que nem mesmo um dos “compinchas” de Freud conseguiu resolver.

O que é certo é que a 11 de Setembro e debaixo da âncora da Esperança morreu (?!) o pioneiro do Socialismo (que deve ser muito pequeno pois cabe numa gaveta) em Portugal . E pronto, dois tiros depois fizeram mais do que Sócrates em 4 anos.

Gostamos do que vimos. Apesar de algum excesso de monotonia, Zeca Medeiros e sua curta equipa, com muito pouco dinheiro, mostrou-nos, muito bem, a sua visão de Antero.

5 comentários:

André disse...

Permitam-me dizer que todo o cinema português se resume a filmes parados, com gajas nuas e em que se diz toneladas de palavrões desnecessários.

Anthero Palácio de Ventura é apenas mais um exemplo do cinema (ou lá o que aquilo é) cheio de momentos parados e de longos minutos em que ficamos ali especados à espera de um diálogo ou apenas de uma expressão.

É aborrecido. Pagar 5€ para ver um filme é caro. Pagar os mesmos 5€ para um filme português ainda é pior.

Filipe Tavares disse...

Caro Abdré, O estilo dos Filmes Portugueses é um estilo próprio, afamado e procurado mais no estrangeiro que em Portugal. Há filmes Bons e Filmes Maus. Se tens preferência nos Filmes Americanos então o assunto é outro. Mas digo-te já que na América se Faz muito telefilme sem prestar para nada, e que alguns deles passam nas tardes de Domingo (com cenas de basebal e meninos de escola) mas a maior parte felizmente nem chega ao nosso mercado. Quanto a ir ver um filme ao cinema, vai quem quer!!! ninguém te obriga!!!

Quanto a este filme, não sei se viste, mas não expressaste a tua opinião. Eu não vi ainda e quando vir, certamente irei comentar.

Abraço

F.T.

Filipe Tavares disse...

para além do filme ter tido um custo de 300.000€ que é ridiculo. É uma verba muito reduzida para se poder trabalhar em condições.

F.T.

André disse...

Então onde vejo esses filmes?

Na TV não passam, no cinema ( e porque é estupidamente caro) só vai quem pode (e não quem quer...) e só vejo filmes desse tipo. Convenhamos que o cinema mais que uma arte é um negócio.
E sinceramente, não aprecio monólogos não da vagina, mas do cu.
E não haverão histórias para contar doutros géneros? Será que não se pode fazer um filme sem milhões de palavrões?
Será que se o filme tiver nexo, não aparecem os patrocinadores?

300.000€? Pouco? Porra... Eu sou pobre pa caramba!

E quanto ao estilo, isso levaria-nos a outro conceito muito muito giro: o indie

É indie se é diferente e ninguém conhece.
"Gosto da banda XPTO, mas quando assinaram com uma empresa discográfica ficaram horríveis..."

Na minha humilde opinião, tanto no cinema como na música, há lugar para todos. Uns com mais dinheiro e vendas que outros.

Se me falares de blockbusters e de musiquinhas pop de 3.30 min, digo que não tem valor nenhum mas existe muita gente que gosta e há que respeitar.

E acima de tudo, muito obrigado pela visita e pela opinião! Não me leve a mal alguma expressão mais forte, é só a minha opinião, e como de costume vale o que vale!

Filipe Tavares disse...

O filme "Anthero Palacio de Ventura" passou na semana passada na RTP-Açores.

Há cinema que é arte, e há cinema que é negócio. Se bem que a produção cinematográfica só sobrevive porque é vendida. Por sua vez alimenta um mercado enorme de Jornais e Revistas.

Comercial ou não tem de ser distribuido e os custos de produção pagos.

Eu trabalho nessa área, e sobre cinema Indie vou-te dizer uma coisa. Já colaborei em muitos projectos gratuitamente por nao haver orçamento. Mas digo-te, nem só da arte vive o homem!!!


F.T.