Memo d'veras # 45

Afinal de contas, deixar as coisas para a ultima da hora é tipicamente Português.
Ontem infelizmente, não pude fazer aquilo a que me comprometi com os meus colegas de Blog. Vai hoje, em versão light.


Positivo:


Esta semana ouvimos falar de Geotérmia de novo. Um cluster (sem ser da Nestlé!) de energia renovável vinda das entranhas da Terra no meio do Atlântico. Parece-me bem.

Afinal de contas, a falha tripla que nos faz viver no fio da navalha pode servir para alguma coisa que não os fins terríficos que se vêm (infelizmente) na Itália.
É bom que a GE queira dar o know-how e queira investir neste tipo de projecto. Afinal de contas, o petróleo é uma tecnologia gasta. Não tem futuro e se alguém que realmente tenha consciencia do que se passa no Mundo, teremos obrigatóriamente de enveredar por energias limpas e renováveis.


E quando digo quem manda, não falo do Sócrates ou mesmo do ban... Cavaco.

Falo do G20, daqueles que fazem o Mundo girar, daqueles que quando dão um espirro, os vamos de emergencia para o hospital.

Desta vez foi para regulamentar muitas coisas em torno da Economia. Regular notações de risco, assegurar solvabilidade dos Bancos, fazer com que não prolifere a expeculaçao.

Em Portugal, como membro da liga 2.5/3º mundista, temos de no minimo seguir estas regras a dobrar para termos alguma hipótese de sobreviver num futuro próximo.

Não me interpretem mal.
Em Portugal somos aversos a investimentos de risco. Não contamos com o "ovo no cú da galinha" e levamos sempre o guarda-chuva num dia de sol.

Mas ao fim ao cabo, o que acontece é que toda essa desconfiança nasce de nós próprios. Somos uns gandessíssimos FDPs uns para os outros e lixamos o próximo como se não houvesse amanhã.
A experiencia ensina e andamos sempre de ouvido à escuta e de olhos bem abertos para toda e qualquer maneira de enriquecer rápido e à custa de tudo e todos.

E tudo isto para dizer que já vemos na Banca e nos bens de primeira necessidade, aumentos absurdos e sinais do que ainda poderá estar por vir.


Ainda esta semana, a que se passou, bem entendido, ao protesto dos Enfermeiros (classe que muito admiro pelo que representam e defendem) contra as propostas do Ministério.
A fazer fé no que li, e o que li foi o Açoriano e o Correio, propõe-se 50 anos de trabalho para quem todos os dias tem que fazer o máximo e dar tudo de si para salvar vidas.

Ora fazendo contas simples, um(a) qualquer enfermeiro(a) que acabe o curso com 25 anos, por exemplo, aos 75 ainda a trabalhar.
Peço desculpa aos velhinhos e tal, mas em dia algum da minha vida, quero uma pessoa com 75 anos a tratar de mim ou de quem eu gosto.
Não é por mal... É apenas porque acho que como tudo, nós temos um prazo de validade.

Lutem. A razão está do vosso lado.
Pena é não terem um comuna que aparece todos os dias na TV... Isso é que era.


Negativo:


Eu não gostava de ser o Hermínio. Sábado vai se entregar (finalmente) a Taça de Campeão da época transacta.
Eu se tivesse um avião por minha conta, pagava bilhete para ir ver o meu Porto contra o super-Estrela, mas só para vaiar tal personagem.

E com a saída de mais um clube da Direcção da Liga, esta fica sem o apoio de ninguém (excepto os "defensores da verdade desportiva"). O Boavista deixou a Liga e com a recente saída do SCP e entrada do P. Ferreira, acabam-se os suplentes e acaba-se a "fantuchada".

Fantuchada! É o que se pode dizer do castigo a Lisandro Lopez por simulação.
E quero mesmo ver se isto será aplicado futuramente, ou se morrerá como os sumaríssimos aquando do processo a Simão Sabrosa, que até meteu licenciados da Faculdade de Motricidade Humana para justificar uma cotovelada.

Nuno Gomes claramente fez a coisa mal feita. Assim, com aquele trampico nas suas canelas, mata à partida uma coisa que só junto dos mesmos "defensores" foi aceite.
No caso concreto, não há penalty e uma simulação por parte do jogador que tem influencia no resultado.

E claro que virão tecnicalidades que porão os argumentos apresentados em causa e não se fará nada. Mas pelo menos não haverá mais processos absurdos como este. Talvez alguém tenha vergonha na cara.


Mudando de assunto, e porque já chega de futebol, falemos de pontas de lança...

Pontas de lança sociólogos...

Pensava eu que era só no Açoriano que aquela pérola seria publicada, mas dias depois, com um ou outro verbo diferente e meia dúzia de sinónimos, lá estava mais uma engraxadela do referido sociólogo multimédia, desta vez no Correio.

E as opiniões são de graça. Se fossem mesmo boas não eram dadas... Mas na minha, um artigo que esquece tantas outras coisas feitas e foca-se apenas em alguns anos em que se fez obras de betão gastando milhões que não se sabe bem de onde vieram...

Quer dizer, saber saber eu sei... Ficava era feio dizer que hipotecamos a Cidade a meia dúzia de empresas de construção civil e que quem vier atrás que feche a porta... Ah... Porra... Escapou-me.

Artigos como o desse senhor, são apenas politica encapotada. Até perdia algum tempo a ouvir o que dizia esse senhor, não fosse ele mais um que anda a soldo.

Dizer que Ponta Delgada é hoje uma cidade moderna, é assumir que a criminalidade, toxicodependencia e prostituição são um mal necessário de uma cidade a crescer.
Prefiro o atraso de vida de antigamente.

Dizer que tudo está melhor devido a uma pessoa é desonesto, por mais que essa pessoa tenha feito (e fez...).
Vale o que vale. É mais um que se perde.

1 comentário:

Anónimo disse...

Enfermeiros... Ainda bem que o Candilhes está do nosso lado!