Hipoglicemia - Family Guy versão Vila Franca.

Os Queen dedicaram-lhe uma música – a rádio. E foi dessa forma que passamos a conhecer melhor o admirável mundo por detrás do político – Rui Melo: "Acordo todos os dias às 6:30 da manhã e às 7:30 já estou subindo as escadas do edifício da Câmara". Não meus senhores, o presidente de câmara mais ocioso dos Açores, não vai dar corda à Cousinha (para os mais distraídos, Cousinha é a marca de relógio que está na torre do edifício da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo). Rui Melo vai mais além. Não tão longe como até à ilha Terceira porque há lá "um baixinho" que está excluído da lista da sua lista de Natal, ao contrário do Bob, esse mesmo o Sinclar, que todos os Natais recebe religiosamente o seu cartão, com cumprimentos do senhor presidente.

Ele cumpre aquele horário para dar o exemplo. Não pode é ser todos os dias, já que depois do S. João não podem pedir o mesmo vigor, principalmente ao pessoal empregado do Açor Arena, leia-se o seu filho. Quem diz S. João pode também acrescentar eventos como: o Santo Iró, escorregar no parque aquático ou qualquer arraial mais delongado. Mas deu para perceber o conceito e isso é que é importante. Em suma, um verdadeiro oximoro.

Mas girando, por momentos, as nossas atenções para o Açor Arena (espaço que sistematicamente associamos a um qualquer novo anúncio de pensos higiénicos: dá logo vontade de usar um. Mesmo que não precisemos. Então porque é que o fizeram?!). A sua origem está ainda envolta em algum secretismo mas, ao que consta, a ideia terá nascido de um e-mail, que um senhor sueco, um tal de IKEA, terá enviado a um tal de João Melo (exactamente, adivinhou: filho de Rui Melo). A semana dos caixotes, salvo erro, era o título da promoção descrita na mensagem electrónica. Assim juntou-se o inútil ao desagradável e puff, fez-se o Açor Arena. Haviam alternativas bem mais económicas de curar uma enurese.

Chris Griffin (Family Guy) não faria melhor chantagem emocional com o seu pai Peter. E tal como nas duas séries: a verdadeira e a do Açor Arena, o membro mais bem comportado da família têm quatro patas, se bem que só usa duas, uma verdadeira personagem antropomórfica.

Vamos deixar o “administrador” do Açor Arena por breves momentos (até porque o vídeo abaixo é por inteiro dedicado à sua pessoa) e centremo-nos no seu pai. É que a luta política pela autarquia da ex e futura cidade será renhida, ou não, dependente se for vista por alguns moradores do bairro da Vitória ou por cidadãos que conseguiram aprender a ler e a escrever. Ao que consta, o seu adversário estará pensando reformar-se. E depois há ainda quem diga que a política não paga bem. Aparentemente paga mais do que um mísero ordenado de Pediatra, isso aparentemente é claro. Porque: “o bem da sociedade não têm preço”. Quer dizer, tem! Mas isso não interessa muito ser divulgado, por isso, caro leitor, faça de conta que não leu essas últimas frases.

O problema é que “mesmo sabendo nós o que é um autarca, vamos ter de votar num?” Quer dizer isso também não é bem assim. Aliás há por ai um digno comentador cujo nome prova que o mito de sermos obrigados a escolher entre o mau e pior já foi desfeito. Não é caro “Voto em Branco”?

Não queremos, de modo algum, fazer da “dimwit” (“eegit” para os Irlandeses) política, uma questão central dessa futura campanha. Não queremos, mas vai ter que ser.

“Não nos levem a mal, até porque achamos que Rui Melo é uma jóia de moço. E até já encontramos o estojo ideal para ele”. E pronto já conseguimos encontrar uma frase para um possível patrocínio por uma agência funerária qualquer.

“Fazemos notar, aos advogados de Rui Melo, que não somos os autores dessa última frase. Foram sim as más-línguas – que aproveitamos para condenar veemente.”

Mas não estamos muito preocupados pois se Rui Melo, em plena campanha eleitoral para as regionais, “refugiou-se” nos Estados Unidos é porque deve gostar muito de Candilhes.

Haveria muito mais para dizer, mas por questões de igualdade partidária e legais, não podemos acrescentar muito. Pronto só mais um bocadinho: segundo algumas más-línguas e porque amanha é dia 1 de Abril, Rui Melo terá afirmado, em off, que não tinha ainda encontrado uma pá suficientemente grande para tentar cobrir o buraco financeiro, da autarquia de Vila Franca do Campo. Declarou também, e mais uma vez, que gostava muito de Whale Wash. Mas no programa nº3, pois enxagua melhor, acrescentou. Teve tempo ainda para dizer que gostava muito de desporto em particular e de futebol em geral, mas não na vila porque nada disso cabe numa futura cidade.

Melo afirmou também que está profundamente arrependido de não ter continuado a estudar. E nós idem, porque talvez assim não teria ido para a política.

Admitiu que poderia aprender a falar um pouco melhor português mas também isso nunca impediu Armastrog de ser o primeiro homem a pisar a lua (porque é que os nossos posts, com políticos, estão intimamente ligados com à lua). E que mal tem que Rui Melo não saiba quem é Dias de Melo, Onésimo Teotónio Almeida ou mesmo Teófilo Braga. Que mal tem isso para quem quer continuar a ser a principal figura de Vila Franca? Nenhum: Gonçalo Vaz de Botelho não sabia e governou a Vila durante anos.

4 comentários:

Anónimo disse...

A partir de agora vão ser aos milhares as pessoas de cabeça para o ar a tentar ver se realmente o relógio é da marca Coisinha!

Anónimo disse...

Essa gente sabe muito! Muito culta mesmo! Eu nem sei o que quer dizer “dimwit” e “eegit” mas coisa boa não deve ser!

Anónimo disse...

"gostava muito de Whale Wash. Mas no programa nº3, pois enxagua melhor", "Haviam alternativas bem mais económicas de curar uma enurese."

e "não vai dar corda à Cousinha" são passagens divinais. que nunca vos doam os dedinhos!

Anónimo disse...

Os senhores estão a insinuar que o filho dele é um cigano? Lá por ter um corrente de oiro, no peito aberto, cabelo preto sempre com gel (ou banha de porco, nunca cheguei suficientemente perto para distinguir, felizmente), falar de maneira esquisita e tentar enganar todos quanto vão ao açores arena, não quer dizer nada!