O sol brilhava, uma ligeira brisa, soprada de Sul, temperava a tarde, os ponteiros marcavam 15:35 quando surgem, lá além, no horizonte, as figuras que irão marcar uma viragem no futebol nacional - a claque do Santa Clara. Vindos de muito longe, do Livramento. A viagem foi feita sem grandes sobressaltos até porque não passaram por nenhuma estação de serviço, quer dizer, mais ou menos, é que alguns já vinham bem atestados.
Qualquer semelhança com os Village People, antes da descoloração do buço, era pura coincidência e para que não houvesse dúvidas, os cartazes eram bem claros: “Fonfana Resolve” e “Amo-te Lúcia”.
E assim entraram no estádio, não sem antes iniciarem a lista de expressões “verdadeiramente fantásticas” e cuja inspiração só pode ser explicada pela quantidade Especial ou então compraram-nas na “Claques ‘R’ Us". Há ainda uma possível explicação mas mete uma “espacionave” no meio da história e não queremos, aqui, ferir subjectividades. Senão vejamos: “Oh senhor guarda, depois de revistar me dessa forma, vai ter que casar comigo!”, ou então a melhor da tarde, até então, isso depois de ser revistado por um agente da PSP: “aonde é que eu estou!?”.
O Santa Clara entrou bem no jogo e marcou logo a abrir o encontro mas depois, vencidos pelo sol ou em protesto contra a braçadeira do seu treinador, que combinava com o resto da sua indumentária, o que é certo é que os jogo tornou-se monótono, muito monótono.
Até que ecoou, lá do outro lado da bancada, o momento que irá mudar o futuro do futebol mundial, quiçá europeu (pedimos que os nossos leitores mais sensíveis mudem de página porque o que vêm a seguir pode ser considerado muito forte pela Pró-ordem dos Psicólogos). Preparados?! Cá vai: “Quem é tê pá?! Quem é tê pá?!”.
Descrito assim até pode não causar o impacto desejado, mas no estádio foi visível aquela lágrima no canto do olho de muitos dos adeptos, que naquela tarde solarenga de Fevereiro, sonhavam com aquele som celestial a ser cantado, bem alto no estádio da Luz, depois um had trick de Vouho, deixando completamente sem palavras a claque sem nome e os todos outros que se encontravam no estádio.
Depois daquele momento, repetido muitas vezes durante os 60 minutos restantes, as outras manifestações seriam amendoins. Como essa da dona Ermelinda que lançou para fora uma frase vinda do fundo do seu ser: “aquela maldita bola tá cega que entra naquela baliza!?” instantes depois do falhanço escandaloso do Santa Clara. Ou ainda o grito do costumo, aos 26 minutos da segunda parte: “Tá na Hora!”. Se bem que essas palavras para além de pressionar a equipa da arbitragem (que fez um excelente trabalho), fez com que o olhar dos adeptos fosse, momentaneamente, desviado do rectângulo do jogo para o relógio.
Em suma e usando as palavras do comentador da RTP – Natalino, uma espécie de Rui Santos, mas depois de duas sessões de solário e que tem no seu filho, apanha bolas estrategicamente colocado mesmo ao lado do banco de Santa Clara, a sua fonte mais fidedigna: "a vitória do Santa Clara foi uma vitória da humildade!". Se foi da humildade ou humidade são sabemos mas o que é certo é que o 2º classificado já está a 4 pontos do nosso Santa Clara. O sonho está cada vez mais real. “Quem é tê pá?! Quem é tê pá?!” .
4 comentários:
Novo Blog
http://donvoxx.blogspot.com/
Vai dizendo de tua justiça
A claque tem nome sim senhor!! RED BOYS ON FIRE LIVRAMENTO!!!têm um blog e tudo!
kem é tê pá ??
sr. farias! kem é tê pá??
lol
http://redboysonfire1.blogspot.com/
kem eh tê pá??? on fire!!
vejam o video do santa clara - leira..
forca santa
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