Hiperglicemia - fomos ao cinema

Sacerdotal abençoado, duplamente (piada privada), tivemos o prazer de assistir a mais um brilhante filme de Woody Allen: Vicky Cristina Barcelona.

Sempre regado por muito, e bom vinho, Barcelona aparece tal como é: suja, poluída, com o mar agitado, com graffitis, mas também a cidade da Sagrada Família, a metrópole culta e histórica, a terra de Miró e de Gaudí.

Cristina e Vicky, duas melhores amigas, tipicamente americanas, de estilos opostos, decidem passar um Verão na capital catalã. E mais não dizemos, a não ser que, ao sacana, nascido em Las Palmas, Javier Bardem, com aqueles olhos de bombeiro, depois de vir de incêndio, cube a difícil tarefa de escolher entre os pares... Rebecca Hall ou Penélope Cruz (já a vimos em melhor estilo por isso o Oscar é no mínimo discutível) e Scarlett Johansson. Vida difícil, realmente meteu dó.

Quem é amigo, quem é?! É o Woody! Maluco. Se a esse elenco feminino juntasse a Charlize Theron*, uma boa reserva de tremoços e amendoins, a acompanhar umas Boémias ou umas Guinness e no LCD um clássico do futebol contemporâneo – o Celta de Vigo - S.L. Benfica de 1999/2000 e o Woody podia ir registar a patente de paraíso masculino.**

Não querendo, aqui, desvendar pormenores interessantes do bacanal, desculpem, película mas podemos adiantar que Juan Antonio, cuja personagem seria digna de frequentar o Colégio 27 (bar da suecas) no final não se casa com o cavalo.

Foram muito bem empregues os 4€ (bendito cartão Inter-Jovem).

Uma comédia ligeira, que muito dificilmente passará, num domingo à tarde, naquele canal das telenovelas. Que ao mesmo tempo faz-nos pensar, e muito, no relacionamento inter-pessoal. Aquilo que perdemos, aquilo que íamos perder, ou ainda quão felizes os rotulados de diferentes podem ser.

*Haviam outros nomes, mas tal como os 65 Bailinhos na Terceira, elas tiveram que esperar à porta, pela sua vez.

**Pedimos desculpa (principalmente à Carla e à Inarq) pelo nível elevado de testosterona desse post mas hoje é o primeiro dia de Quaresma, tempo de renúncia, o que tem esse efeito sobre o sistema.