Esse novo Estatuto dos Açores faz-nos lembrar a elevação da cidade mártir boliviana de Potosí, a Património da Humanidade, pela UNESCO. A outrora mais rica cidade do Mundo é actualmente uma das mais pobres, de um dos mais pobres países do planeta. Essa distinção, de 1987, veio trazer o quê, para os seus habitantes, ou melhor sobreviventes? Comida, educação, turistas?! Nada, absolutamente nada. Continua a ser uma das mais pobres cidades do Mundo. Os seus habitantes, essencialmente mineiros, continuam a ter muita sorte se sobreviverem mais de 40 anos. Os problemas continuam todos lá.
O mesmo acontece com o Estatuto. Que só serviu para justificar os ordenados dos políticos, de alguns jornaleiros e outros parasitas. Areia para os nossos olhos, enquanto os outros assuntos, esses sim muito mais urgentes, da nossa sociedade, ficam todos em “águas de bacalhau”. Enquanto isso, dezenas de empresas estão em dificuldades, há centenas de trabalhadores há meses sem receber, as listas de espera nos hospitais a aumentar, impostos e preços a subir, torneiras a secar…
… como diz o nosso vizinho: “isso não dá pão”. A propósito, ele tem estado muito calado, será que ainda está a recuperar da passagem de ano?
“Antes morrer livres do que em paz sujeitos”. Nós também achamos mas morrer livres e felizes é ainda muito melhor. Com ou sem bandeiras nos quartéis, temos é que resolver os gravíssimos problemas da nossa região. E esta é a hora, é que vamos ser chamados às urnas três vezes este ano. Posto isso resta-nos, mais uma vez, recordar que “só temos os políticos que merecemos!”.
1 comentário:
Agradeço ao Jordão que me mande um e-mail para : nunobarata@nunobarata.com Perdi o V. endereço e faz-me falta para poder cumprir o prometido.
Enviar um comentário