Ilha azul, por Natureza, e concentrada por dádiva, o Faial tem na sua história, no Mar e nas suas Gentes os principais motivos de visita. Ponte de ligação entre os Açores e o Mundo, a Horta, cidade cheia de vida, ponto de paragem mítico, é o leme da ilha Azul e dos Açores.
A urbe mais cosmopolita dos Açores espera por si com os seus encantos: do Monte da Guia à Espalamaca, da Marina à Igreja do Carmo, do Mercado Municipal ao Posto Metrológico no cabeço das Moça, da Igreja de Nossa Senhora das Angustias aos Bombeiros, na praça da República.
Tudo na Horta respira história e cheira a maresia. Desde o intermitente Expresso, até à memória do nosso primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga, imortalizado sob a forma de estátua a dar as boas vinda para quem atravessa o Canal.
Por ventura a mais bem preservada cidade Açoriana, onde os seus 6000 habitantes e muitos visitantes têm o prazer de estarem sempre acompanhados por lindíssimos edifícios muito bem recuperados e/ou desenhados, como é o exemplo da nova biblioteca.
Talvez a única mancha seja o caixote sob o palco do Teatro, mesmo por detrás do velhinho quartel dos Bombeiros que, diga-se de passagem, precisam e merecem outras condições. Podiam ter arranjado outra solução.
Um bom exemplo da recuperação arquitectónica, se assim podemos chamar, é sem dúvida o hiper-mercado, que se encontra instalado nos antigos armazéns/depósitos de cereais e/ou outros produtos agrícolas.
A um par de quilómetros do centro da cidade podemos desvendar os segredos dos nossos verdes, no Jardim Botânico do Faial, numa espécie de arca de Noé das espécies endémicas.
Suba à Espalamaca e despeça-se da Horta, pelo menos pró algumas horas e banha-se nas límpidas águas da praia do Almoxarife.
Parta em busca de uma das melhores ondas do Atlântico Norte, na Ponta da Ribeirinha, mesmo sob a sombra do abandono Farol, que recebeu o nome da freguesia.
Descanse e nutre a alma, com a magnífica vista do imenso azul, lá do alto do Snack/Bar Rumar da senhora Maria Evelina, ao mesmo tempo que alimente o corpo com sua deliciosa massa sovada. Uma dádiva da bonita freguesia dos Cedros.
Siga um pouco mais à frente, ao virar da ilha e onde esta ganhou terreno ao Mar, os Capelinhos. Onde outrora partia-se à caça à baleia, encontramos um farol de memórias no Centro de Interpretação de um Vulcão levou muita gente para o Estado do então Senador John Fitzgerald Kennedy. Sem dúvida merece a sua visita.
Deixe as escoadas lávicas para trás e mergulhe entre o basalto negro e as águas trépidas do Varadouro. Dali avista-se o morro do Castelo Branco, ponto de referência para quem usa a pista 10 do aeroporto internacional da Horta.
E eis que está de volta à cidade que o acolheu de braços abertos, não sem antes subir até ao Cabeço Gordo uma deslumbrante perspectiva da Caldeira. O ponto mais alto do Faial não o irá desapontar.
No final do dia aproveite a melhor vista sobre a majestosa Montanha do Pico, ao sabor do mundialmente famoso Gin do Peter. Deixe-se misturar por entre os dialectos presentes por entre as paredes do Bar que serviu e ainda serve, de encontro entre histórias e marinheiros dos quatro cantos no Mundo. Deambule entre as outras atracões da Horta e se tiver sorte veja como os bombeiros desafiam o perigo descrevendo umas trajectórias, muito arriscadas, na curva da Praça do Infante. Apanhe boleia entre os milhares de veleiros que fazem daquela marina uma das mais movimentadas do mundo. Desfrute do ambiente cosmopolita único que só o Faial o pode dar.
Como chegar lá: A Sata e a TAP ligam a ilha a Lisboa, Ponta Delgada, Terceira e Flores diariamente e às segundas, quartas e sextas à pequena ilha Corvo, a partir do pequeno mas funcional aeroporto internacional da Horta. Por outro lado, a partir do movimentado cais de cruzeiros da Horta podemos chegar vindos do Pico e S. Jorge, durante todo o ano e das restantes ilhas de Abril a Setembro através dos navios da Atlânticoline. Uma opção muito válida já que são navios confortáveis e, principalmente, por ser monetariamente mais apetecível, sobretudo se possuir o cartão Interjovem.
Como se deslocar: sendo uma ilha pequena, pode ser percorrida pelos mais bem preparados fisicamente preparados, a pé, no entanto avisamos desde já que essa proposta não será muito viável a todos já que se trata de uma ilha relativamente montanhosa. O mesmo problema se coloca aos ciclistas. Por isso aconselhamos o aluguer de viatura. Veja as várias opções e reserve com alguma antecedências, assim conseguirá os melhores preços. Os transportes públicos uma alternativa.
Onde ficar: a ilha possui três hotéis e uma elegante Pousada (que encerra de Inverno): o Hotel Fayal, o Hotel do Canal, o Hotel Horta e a Pousada da Horta, todos eles situados na cidade da Horta. Está ainda à nossa disposição dois bons parque de campismo: da Praia do Almoxarife e da Varadouro. Tal como no restante arquipélago vão aparecendo interessantes alternativas como esta.
Onde comer: a ilha Azul apresenta-lhe muita e boas alternativas, desde o nosso preferido - o Esconderijo na freguesia dos Cedros, passando pelos mais urbanos: Canto da Doca, o Clipper, o Kapote ou o Barão. E claro o mítico Peter Café Sport. Não deixe de ir tomar um copo ao bar do Teatro.
Agradecimentos: o nosso muito obrigado aos futuros colaboradores do Candilhes Cuicine: Susan e Carlos. Sem a sua simpatia e paciência seria impossível conhecer todos esses valiosos pormenores da lindíssima Ilha Azul.
3 comentários:
Claro que eu adorei esta viajenzinha pela ilha azul... também é verdade que sou tendencioso e tenho uma queda por esta ilha, mas julgo que me perdoam por isso.
Acho que a Horta já não tem 9000 almas há uns anitos, especialmente na época baixa ... E quanto aos edifícios bem conservados fica assim demonstrada a inutilidade da empresa municipal UrbHorta.
Quanto à estadia olhem que já existem muitos empreendimentos de Turismo Rural ou de habitação como lhe queiram chamar.
E, já agora, o Triângulo (não é o das Bermudas, embora por cá aconteçam esporadicamente uns fenómenos paranormais) é um produto e um destino turístico. E tenho dito. (apoiado, apoiado!, palmas em fundo!).
Quanto ao resto, nada a apontar e tudo a enaltecer! Venham mais.
Caro Geocrusoe e ainda bem que assim seja.
Caro tarrasso realmente houve um erro na troca do 9 pelo 6 (obrigado pela observação). Quanto ao facto da conservação dos edifícios da Horta, para uns meros visitantes, como nós, a cidade, em comparação com muitas por esse país fora, está muito bem conservada, claro que podemos e devemos ambicionar melhor.
Também achamos que o triângulo deve ser vendido em conjunto o que o torna um destino único e muito mais atractivo.
Podemos adiantar que muito possivelmente o próximo Candilhes Travel será dedicado à Ilha Montanha.
Cumprimentos aos dois
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