O que aconteceu na Assembleia da República na última sexta-feira veio por a nu (normalmente quando surge no texto esta palavra, aparece sempre algo de bom mas credite, dessa vez vai ficar desapontado) alguns problemas do nosso sistema político. Ficamos a saber que há um deputado que à sexta-feira sai a correr do Parlamento, que fica em Lisboa (só para ajudar ao nosso querido leitor a localizar-se) até Castelo Branco "fazer politica" afirmou ele. Depois dessa declarações ficou automaticamente classificado para as Olimpíadas de Londres, ou então não. Já dizia o Tim – “que queria um avião”, pois “De Bragança a Lisboa são 9 Horas de distância”.
E o que é isso de fazer politica em Castelo Branco?! Inaugurar um centro de saúde para o fechar três meses depois?! Ou javardar nos banquetes, pagos por todos nós, nessa e noutras inaugurações?
O seu presidente, por ventura um açoriano (e note-se que está em minúsculo, porque não é digno de mais, aliás de açoriano aquele senhor tem muito pouco, como aqui o Forquilha já mostrou) pediu para que os partidos tivessem mais atenção às faltas – ele tinha que dizer alguma coisa! Afirmou ainda que não vai haver "castigos" pois esses serão dados pelo Povo.
Ora o que foi que o Povo Açoriano vez em Outubro último?! 53% dos Açorianos não castigaram esses auto-intitulados trabalhadores – se não forem eles a chamarem mais ninguém os chama.
“Ah isso não é castigo, a abstenção não vale!” - argumentam eles e sempre com o paleio do costume.
E quando mais de 50% da população votar em branco temos a certeza que haverá muitos iluminados de políticos, politólogos, jornalistas e fins, a defenderem os seus tachos e irão arranjar argumentos tirados de um sitio com duas letrinhas e que, por razões legais, não podemos escrever, que os votos em branco não foram um castigo ou reprimenda à classe operário política, salve seja.
Muitos argumentam que estavam nas comissões parlamentares e que o Povo está a ser muito injusto (coitadinhos, se precisarem de psicólogas o Candilhes consegue o contacto de algumas boas psicólogas, ou vice-versa) pois esses senhores trabalham arduamente, de sol a sol e que o grande público não vê esse trabalho. Chamam-lhe até o “trabalho invisível”. Até que enfim que esses pobres coitados utilizam um termo que o Povo soberano compreenda perfeitamente. É que o trabalho é de tal forma invisível que a grande maioria dos deputados não o consegue ver. É impossível ser mais claro do que isso!
“Ah isso não é castigo, a abstenção não vale!” - argumentam eles e sempre com o paleio do costume.
E quando mais de 50% da população votar em branco temos a certeza que haverá muitos iluminados de políticos, politólogos, jornalistas e fins, a defenderem os seus tachos e irão arranjar argumentos tirados de um sitio com duas letrinhas e que, por razões legais, não podemos escrever, que os votos em branco não foram um castigo ou reprimenda à classe operário política, salve seja.
Muitos argumentam que estavam nas comissões parlamentares e que o Povo está a ser muito injusto (coitadinhos, se precisarem de psicólogas o Candilhes consegue o contacto de algumas boas psicólogas, ou vice-versa) pois esses senhores trabalham arduamente, de sol a sol e que o grande público não vê esse trabalho. Chamam-lhe até o “trabalho invisível”. Até que enfim que esses pobres coitados utilizam um termo que o Povo soberano compreenda perfeitamente. É que o trabalho é de tal forma invisível que a grande maioria dos deputados não o consegue ver. É impossível ser mais claro do que isso!
Mas houve algo que nos saltou à vista. Análises posteriores confirmaram tratar-se de um mosquito, depois então saltou-nos outra coisa: eles unem-se muito bem para defender os seus tachos. Ninguém acusa ninguém, os jornalistas não levantam muito pó (alguns pois outros ainda os têm no sítio e não têm o rabo preso por isso toca a por a boca na trombone, resumindo, são verdadeiros profissionais).
Tivemos então uma ideia brilhante, vejam lá se concordam. Porque é que não juntamos as propostas de lei aos pares. Tipo: uma proposta para reduzir o tempo permanência dos deputados na Assembleia em 10 segundos, fazia parelha com a proposta de aumentar o salário mínimo nacional para níveis decentes.
Assim temos a certeza que pleura unionista não iria abandonar o Palácio de S. Bento. Mais, numa época tecnologicamente tão avançada não existe nenhum sistema mais progressista do que um livrinho e uma caneta para controlar os senhores incompreendidos pelo Povo? Em milhares de câmaras e empresas por todo o país, os funcionários, esses sim verdadeiros trabalhadores, têm que mostrar a retina, o plexo pampiniforme e a polpa do polegar direito, só para confirmar que estão a entrar e a sair do edifício e aqueles “incompreendidos” apenas assinam um livrinho e depois ala que se faz tarde.
Nós, como seus patrões, não podemos admitir isso. Ponha para fora o Grego, pequenino que há em si! Ou então, se preferir, solte o pit bull da próxima vez que algum desses senhores for à sua porta mendigar pelo seu voto. Assim daremos mais uma oportunidade à teoria da evolução das espécies, do amigo de Carlos Machado, Charles Darwin. Só os mais fortes sobreviveriam! Já imaginou, ficávamos apenas com 180 bons deputados e não os 230.
Essa também é outra! É que segundo o artigo 148º, da Constituição da República Portuguesa, a Assembleia da República tem o mínimo de cento e oitenta e o máximo de duzentos e trinta Deputados, nos termos da lei eleitoral. Adivinhe quantos é que lá estão!
Bingo! Assim sempre são 50 vezes 4000/5000€ mais montes de regalias e passados 8 anos chorudas reformas e só com muita azar é que não vão para a administração de algum banco ou empresa a qual prestou vassalagem enquanto deputado.
4 comentários:
Que credebilidade tem esses politicos????
Nenhuma
Pareces o homem da luta cousin! Dá-lhe! Kirikirirkirikiiiii!
Vê-se que este post foi sentido. E não é razão para menos. O que se passou é vergonhoso e presta-se, de facto, às mais escatológicas considerações.
Caro anónimo tem toda a razão, não têm credibilidade nenhum mas o problema é que são reeleitos vezes sem conta por isso o outros é que tinha razão: “só temos os políticos que merecemos!”
Amigo JRV é um post sentido pois não posso com injustiças. A minha avó receber 260€ de reforma e trabalhou toda a sua via, enquanto aqueles c@$&€§ passados 8 anos recebem chorudas reformas.
“É desumano vir de um jantar do Boavista tarde e ir trabalhão no outro dia!” E que tal trabalhar oito horas (nunca são 8 horas mas sempre mais) passar por casa só para por alguma comer alguma coisa trocar de farda para passar 12 horas a arriscar a sua vida para salvar os outros sem receber nada por isso e muitas vezes só ouvimos bodas do tipo: “tanto tempo!”, ou mesmo ameaças como “eu vou matar vocês todos!”. Ah e no outro dia mais oitos horas ou muitas mais de serviço. Ainda bem que são só 2 ou 3 vezes por mês!
Um abraço e obrigado pelo apoio!
Kirikikikikiki – a luta continua! Ladrões para a Rua!
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