Hipoglicemia - Diário de uma manhã

Mais uma manhã. Entre lavar a cara, fazer a barba e comer uma torrada meio à pressa, eis que está na hora de voltar a Ponta Delgada.

Para quem mora fora da cidade, os transportes públicos são uma óptima forma de chegar atrasado e de apanhar uma molha em dias de mau tempo.
Racionalizar as viagens de carro torna-se imprescindivel, pois Galp & Friends consideram que o petróleo ainda não baixou o suficiente para a gasolina baixar. Vamos pelo menos 2 num carro que a vida não está para brincadeiras.

Chegando ali a São Roque, começam as filas. No Poço Velho podemos ver à nossa esquerda uma obra que nasceu por acaso. A prainha de São Roque, fruto de uma avenida que não dá a lado nenhum, ficou muito melhor.

À nossa direita, temos gente madrugadora, que se levanta cedo para estar mais tempo sem fazer nada e ainda receber por isso. Viva o rendimento mínimo! Também quero!

Mais à frente, ainda antes do ex-libris das obras rotundolianas, temos o famoso Terreiro que mal passa um carro para cada lado mas que ainda assim tem sempre carros parados com os 4 piscas ligados. Ainda tenho de ver isso no código de estrada... Deve de lá estar pois toda a gente o faz.

Eis-nos lá! O que antes era uma simples circunferencia destinada a fazer fluir o transito, está a tornar-se em mais uma obra digna de um Engenheiro e um Arquitecto que levavam na cara até cair e depois levavam por ter caído.
Rotundas, mini-rotundas, pontes, subidas e descidas... Uma maravilha!

Depois de tanta baboseira, hora de parar a viatura. Ou paga-se um quinhão do ordenado todos os meses ou disputa-se um lugar em segunda fila, numa rua em que é proibido estacionar.

Se tivermos sorte, a policia não viu e ao contrário de com quem rouba, não foi célere e eficaz a actuar.

Resta-nos, ao fim do dia, levar com a mesma merd@, desta vez em sentido contrário. 


4 comentários:

Anónimo disse...

CAro André:
porque não começarmos a pensar num buzinão para demosnstrar o nosso repudio por esta falta de articulação entre obras. Porra é que é feito tudo ao mesmo tempo.Vamos pensar nisto?

Anónimo disse...

Eu compreendo a sua raiva. Eu próprio mando-os para longe e insulto tudo o que mexe quando estou no transito.
Será dificil coordenar, mas podemos tentar.

Francisco Costa disse...

Não querendo ser desmancha prazeres, mas a ideia de um buzinão não me parece acertada.
Afinal as obras supostamente irão melhorar o trânsito.
Se no queixarmos das obras vai parecer que não queremos que elas sejam feitas, além disso podia haver algum aproveitamento politico da coisa, tendo em conta que estamos perto das eleições...

Anónimo disse...

Triste é a oposição que não se lembra disso.
Infelizmente, nem pra isso eles servem. E digo isto pois gosto tanto do Governo como da oposição...

A ideia do buzinão é dificil de por em prática.

Este blog não está virado para a politica. Não botamos abaixo ninguém e não vestimos camisas cor-de-rosa.
Realmente a situação é má. O planeamento foi nulo ou deficiente.
O buzinão ou outras formas de protesto são meios válidos de cidadãos anónimos mostrarem a sua indignação.