Candilhes Travel - República da Irlanda

Ilha encantada para uns, local mítico para outros, a República da Irlanda, ou simplesmente Irlanda, é sem dúvida um local mágico. Repleta de lendas, castelos, igrejas, ruínas a brotar dos verdejantes e férteis campos, a terra natal dos míticos U2 tem muitas semelhanças com as nossas ilhas. As parecenças com o interior da Terceira e as similitudes com os tons verdes de S. Miguel arrepiam qualquer Açoriano.



O simpático e muito culto povo (a educação faz milagres), a boa carne e os óptimos lacticínios (mais uma semelhança com o nosso arquipélago) fizeram-nos sentir em casa, se bem que com um pouco mais de frio. É que o clima e a água (dita potável) foram os únicos pontos fracos da nossa viagem.



Aproveitando as excelentes estradas (como não há auto-estradas não se paga para circular no país – continuam a achar que desenvolvimento é igual a alcatrão?) e a relativa modesta dimensão da ilha (70 273 km², pouco menos do que 92.391 km² de Portugal) atravessamos o país no sentido Este - Oeste e seguimos em direcção a Galway.


O romanticismo dos castelos, quase todos muito bem recuperados, o encanto dos lagos, a alegria da música e as paisagens de cortar a respiração faz com que o tempo voe. Galway impressiona pela sua deslumbrante catedral e as suas ruas cheias de vida, contagiadas pelas cores impetuosas das fachadas. Lá poderá encontrar, segundo os seus habitantes, o segundo melhor cristal do mundo, logo atrás de Waterford, com a fábrica a esperar pela sua visita nos arredores da cidade.



Deixe para o final do dia as Cliffs of Moher de certo que não se irá arrepender.




De regresso à capital deixamo-nos envolver nas ruas a fervilhar de vida de Dublin como a Grafton Street, habitat natural de artistas, músicos, mimos, homens estátua, e local onde as academias de música ensaiam nos dias solarengos de Verão. Visitamos o Trinity College e a sua deslumbrante biblioteca com o Book of Kells, passeamos pelos mesmo jardins que inspiraram obras como o Drácula de Bram Stoker (curioso: antes de casar escrevia contos infantis, depois de dar o nó escreveu um conto sanguinário sobre vampiros!), reflectimos na Christ Church Cathedral, onde está imortalizada a contenda do Gato e do Rato, e na St Patrick's Cathedral.


Mais, saboreamos a melhor cerveja do Mundo no bar com a melhor vista da cidade na fábrica da Guinness (sendo o seu fundador, Arthur Guinness, um dos principais beneméritos da cidade, tendo patrocinado a recuperação da St Patrick's Cathedral, por exemplo). Hoje em dia, a marca patrocina a grande maioria do cartaz cultural da cidade e do país, para além do famoso Guinness World Records.


Como chegar lá: A “nossa” Sata tem vôos directos Ponta Delgada – Dublin, de Abril a Setembro, todas as sextas. São 3h30m de viagem e os preços não são assim tão elevados, quando comparados com outros destinos bem mais próximos. Uma outra opção será as low cost que partem do Porto, Faro ou Funchal. O aeroporto de Dublin é um pouco maior do que o de Lisboa (mas igualmente mau; sem dúvida, o pior local da Irlanda) e tem ligações com a Europa mas principalmente com os Estados Unidos.



Como se descolar: O preço dos combustíveis, bem mais barato do que em Portugal Continental (na altura em que lá estivemos, estava ao mesmo preço do que aqui nos Açores), a ausência de portagens (só há uma nos arredores de Dublin) e os preços razoáveis das rent-a-car fazem com que o aluguer de carro seja uma boa opção. Se preferir conhecer unicamente Dublin então esqueça o carro e opte pelos transportes públicos (principalmente os autocarros turísticos, com excelentes condutores/guias, do melhor que já vimos). A cidade banhada pelo rio Liffey tem muitas semelhanças com o Porto em termos de dimensão, população e mesmo pelo número de pontes, se bem que mais pequenas. Como a cidade é relativamente plana, o aluguer de bicicleta pode ser uma opção se bem que o frio não será muito encorajador.



Onde ficar: Existem inúmeras opções; desde dos mais luxuosos hotéis de 5 estrelas até às pousadas da juventude (hostel), passando pelas infinitas e muito populares bed & breakfast (ou simplesmente BB). A variedade é enorme e ao gosto de cada um e de cada carteira.


Onde comer: Na Irlanda seja Irlandês e deixe envolver-se pelo clima dos Pub espalhados por todo o país. Não se irá arrepender, até porque as inúmeras cervejas, escuras e amargas, os excelentes, variados e muito bem ostentados pratos (onde até uma simples hambúrguer tem direito a uma apresentação no mínimo original) ou mesmo os deliciosos e surpreendentes fish and ships (realmente o bacalhau é muito melhor fresco!) irão fazer com que passe bons momentos à mesa e de certeza que não se irá sentir sozinho, até porque a simpatia dos conterrâneos de Oscar Wilde é deveras contagiante. Em Dublin deixe-se vibrar pelo ambiente electrizante da zona de Temple Bar e perca-se entre os incalculáveis sabores transcontinentais.



Agradecimentos: Agência de Viagens Melo, em especial à simpática e atenciosa dona Cármen.

4 comentários:

Anónimo disse...

E eu simplesmente quero ir para lá morar e trabalhar! :)

Anónimo disse...

a minha avó teve na irlanda este verão e a unica coisa que ela trouxe-me foi uma t-shirt

ruben

André disse...

Oh Ruben,

vê pelo lado positivo...

Podiam ter sido aquelas peúgas brancas com raquetes... LOL

Anónimo disse...

lol tens razão ainda por cima a t-shirt nem era cor de rosa

ruben