foto de: Paulo Medeiros
Inspirado pelo nosso colega Miguel Rosa, e não pelo post anterior, ao contrário do que possam pensar, decidi escrever (se é que se pode chamar escrita a esta minha forma de juntar as letras), sobre a minha terra, Ribeira Grande.
Infelizmente muitos dos meus conterrâneos pensam que desenvolvimento passa por construir enormes hotéis, que mais parecem pombais (como o novo hotel casino). Não gosto de bater na mesma tecla, mas por vezes tem que ser, infelizmente temos muitas casas e solares antigos, que estão ao abandono, e que devem ser reconstruídos. Esses sim fazem parte da nossa cultura e esse pode e deve ser um trunfo, na muito competitiva indústria global do turismo.
A Ribeira Grande tem tudo para voltar a ter a importância e o esplendor que tinha antes do encerramento do Aeroporto - "Aero-Vacas", em 1969 (interessante número!).
Inspirado pelo nosso colega Miguel Rosa, e não pelo post anterior, ao contrário do que possam pensar, decidi escrever (se é que se pode chamar escrita a esta minha forma de juntar as letras), sobre a minha terra, Ribeira Grande.
Com a noticia de hoje, a cidade nortenha passará a ser um importante pólo cultural dos Açores. Assim mata-se dois coelhos com um só tiro – salve seja. Recupera-se um edifício histórico e ao mesmo tempo, cria-se mais uma ponto atractivo, tão importante para a industria do turismo, pois é sem duvida uma interessante alternativa, quando, por exemplo, o clima instável nos “prega” das suas e não só.
A Ribeira Grande tem que crescer de uma forma sustentada. Se o seu desenvolvimento está atrasado, deve tirar dai proveitos, aprendendo com o erros dos outros. Infelizmente isso por vezes não acontece, e numa terra que viu nascer a denominada arquitectura micaelense, existem alguns exemplos de como não se deve construir. Ainda temos na memória o caso da aberração dos “apartamentos” do Largo da Freiras, ou então, do gigantesco bloco de apartamentos, ainda em construção, mesmo ao lado do futuro Centro de Arte Contemporânea.
Infelizmente muitos dos meus conterrâneos pensam que desenvolvimento passa por construir enormes hotéis, que mais parecem pombais (como o novo hotel casino). Não gosto de bater na mesma tecla, mas por vezes tem que ser, infelizmente temos muitas casas e solares antigos, que estão ao abandono, e que devem ser reconstruídos. Esses sim fazem parte da nossa cultura e esse pode e deve ser um trunfo, na muito competitiva indústria global do turismo.
Um concelho com perto de 30.000 habitantes e um dos que mais impostos paga, ao Estado, tem todo o direito e deve de ser muito mais reivindicativa. Digo isso para tentar acabar com a dúvida, que para mim nunca o foi, de qual deve ser a segunda cidade da ilha. Não são projectos megalómanos e irreais que fazem uma vila ser cidade. Só espero que Vila Franca Campo não acorde tarde demais. Não é uma questão de bairrismo, é simplesmente a realidade.
A Ribeira Grande tem tudo para voltar a ter a importância e o esplendor que tinha antes do encerramento do Aeroporto - "Aero-Vacas", em 1969 (interessante número!).
Não conheço muitas cidades no Mundo que possuem uma praia no centro das mesmas. Só me vem uma à cabeça, e penso que a toda gente – Rio de Janeiro.
8 comentários:
"Ó home... e a Praia da Vetória?" E Angra do Heroísmo? E a praia do Porto Pim e Conceição, na Horta? "Mac não és de cá..." LOL. Em relação à arquitectura, acho que os "pombais", desde que bem "ordenados territorialmente" podem coexistir com os mais antigos... No meu ponto de vista, a Ribeira Grande precisava, ainda mais, de alguns projectos megalómanos. Belezas naturais não faltam no concelho, faltam as infrastruturas (note-se que é a minha humilde opinião, não sou arquitecto paisagista, nem nada que se pareça). Abraço.
Não conheces muitas cidades que possuam praia o seu centro...O que não faltam são cidades algarvias com praia no seu centro.
Por falar em cultura, onde posso ver o programa cultural do teatro ribeiragrandense?
Porque razão a ribeira grande é um dos concelhos que mais impostos paga ao estado?
Porque razão não há transportes públicos a ligarem a ribeira grande a um dos mais fortes pontos turísticos do concelho, a lagoa do fogo?
Tem razão em relação às cidades no Algarve. Podem até ter praias mas não com aquele cenário. Quanto aos transportes publicos até à Lagoa do Fogo: 1º não há viabilidade economica e depois se fosse assim tanta gente à Lagoa do Fogo, esta deixaria de ter o seu encanto - como aconteceu com a Caldeira Velha , por exemplo, onde já é impossivel passar lá alguns minutos sossegados.
Paga mais impostos porque tem muitas empresas com sede no concelho. De construção civil e não só.
Caro anónimo,
Penso que está-se a referir ao Passeio Atlântico - esse eu concordo, mas de resto acho que falta muito poucas infrastreturas à Ribeira Grande - a mentalidade é que tem que mudar.
Quanto aos pombais - só espero, muito sinceramente que o tempo não me dei razão.
Os três únicos hoteis nos Açores a fazer parte da lista dos melhores do país foram: Caloura Resort, O Terra Nostra e o Hotel do Colégio. Acho que está tudo explicado, não está?
Cumprimentos
Pois o anónimo tem razão! como te pudeste esquecer da minha terra-mãe?! mas sinceramente acho que o turismo de praia está mais destinado aos trópicos, o nosso para o rural e para o pedestre e felizmente já começam a surgir alternativas nesse sentido, não querendo fazer publiidade temos por exemplo o "picos de aventura" e o "geofun".
Carla na tua terra exite um dos melhores exemplo de como fazer turismo num ecossistema frágil como os Açores - Quinta do Martelo
O post é sobre a Ribeira Grande e não de mais nenhuma cidade ou vila dos Açores.
Quado falo na praia, não estou a referir-me ao turismo de massas mas sim ter a praia como referência paisagística da cidade!
Já agora o surf também pode ser utilizado como um factor catalisador no turismo - e também aí a Ribeira Grande tem enormes potencialidades.
Jordão Farias, concordo plenamente ctg quando dizes que o turismo da ribeira grande, e na minha opinião dos açores, deve basear-se na recuperação das suas casas típicas, para um turismo de habitação de qualidade em vez de se construírem uns grandes mamarrachos. O nosso turismo não se coaduna oom um em massa, mas sim em qualidade. Em termos de recuperação habitacional para turismo quero lembrar o trabalho que se fez no Sanguinho.
Felizmente são cada vez mais as pessoas que pensam como nós! Vamos lá ver se ainda vamos a tempo de mudar o rumo dos acontecimentos.
Entretanto vão nascendo cada vez mais projectos desse genero:
www.quintadaribeiradaurze.com
prometo depois dedicar um post sobre a Quinta da Ribeira da Urze
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