Delegada é o meu marido - Não fala, não toca e não mexe

Eu podia começar este post com uma foto, boa, de uma meloa da Graciosa*. Podia e vou. Tomem lá:


Mais uma foto do fórum muito pessoal do Candilhes.

Mas não é bem essa fruta que apetecia por num post com José Carlos Barbosa Carreiro. Não estou a dizer que o senhor não gosta da fruta, atenção. Mas no caso dele, o que vai mesmo bem é um coco. Ou melhor, uma dúzia, no mínimo. Mas pelo cabeça abaixo. E de um coqueiro bem alto, de preferência.

Então vamos lá ver se percebi. O senhor, presidente de câmara desde quase sempre, vai pedir um empréstimo bancário na modica quantia de 15.000.000€ (nem sei se acertei nos zeros - o que é certo é que são 15 milhões de €uros, é muita fruta)?

Vamos dissecar, bem, essa medida, não confundir com defecar, que era o que esse empréstimo merecia:

Imaginemos, por instantes, que o concelho do Nordeste é uma família. Não é muito difícil. Eu já vi patriarcas com mais descendeste. Em frente. Essa família tem uma série de problemas financeiros: deve dinheiro a uma série de gente. Pessoas que construíram uma piscina, por exemplo, que não serve para nada, ou o fogo de artificio, que serve para muito menos. Continuando no reino da fantasia (só mesmo assim) vamos imaginar, agora, qual seria a melhor medida para resolver tais asneiras, perdão "investimentos"? Pagar essas mesmas dividas, com o dinheiro que pouparíamos cortando nos gastos, não acham?! Nada de mais errado. A família Carreiro, concentrada numa pessoa só, acha que é melhor ideia pedir um empréstimo. Para queres esse empréstimo, giroflé, giroflá?!
Para pagar outro empréstimo, giroflé, flé, flá!

Nem como música isso entra. Pelo menos na minha cabeça.

E pronto. Depois disso já não há mais nada a fazer. Que se lixem as famílias que precisavam desse dinheiro, caso haja mesmo nos bancos esses 15 milhões, coisa que desconfio que não exista, irão, mais uma vez, ver os seus pedidos ao crédito habitação serem recusados. Quem diz os particulares diz também as empresas, principalmente as pequenas e médias. Tudo porque o giroflé, flé, flá do José Carlos Barbosa Carreiro ainda não pagou o fogo de artificio de 1979 a um asiático qualquer que o inventou - ao fogo e não ao Carreiro - uns anos antes.

Agora pensem alto comigo: não acham que uma dúzia de cocos pela aquela cabeça abaixo, minutos antes de assinar o empréstimo, era uma dádiva e um enorme bem à Humanidade?!

Antes de terminar, queria só acrescentar que a câmara de um concelho com 4920 habitantes, vai pagar, nos próximos 20 anos, 15 milhões de €uros, mais juro, muito mais juros! É obra. Obra de um politico escolhido pelos eleitores do Nordeste. Mas se fosse noutro lado era igual. E se tivesse um saco azul (made in Felgueiras), ou uma feijoada à moda de Oeiras pelo meio, melhor ainda, eram elevados à categoria de heróis regionais e quiçá locais mesmo!

*Câmara de Santa Cruz da Graciosa devolve IRS aos munícipes em 2012. Isso sim é uma boa medida para uma câmara pequena mas que por estar mais perto dos cidadãos consegue fazer com que sofram menos.

Sem comentários: