Eu, nesse momento, estou de pé a aplaudir essa notícia. Pronto, agora sentei-me pois o teclado está muito baixo e doía-me as costas:
“Câmara admite que vai “cortar” nas festas”
«Lagoa este ano, a Câmara Municipal de Lagoa só irá realizar uma das duas festas que tradicionalmente organizava no Verão. De acordo com informação disponibilizada à imprensa, “trata-se de uma medida camarária que não implica a extinção de qualquer um dos maiores festivais de Verão do concelho, Festa da Juventude e a Festa do Pescador, que serão agora realizadas de uma forma bi-anual, de forma alternada”. Neste sentido, este ano, as atenções recaem sobre a Festa do Pescador, a decorrer na Vila de Água de Pau”, indica a Câmara Municipal de Lagoa. A edilidade explica que “como se tem vindo a assistir a uma perda de receitas camarárias, em virtude da crise, é preciso olhar com cautela para as decisões e é por isso que a Câmara está a adoptar uma política de contenção de despesa pública”. Assim sendo, admite que “cortando nas festas poderá dar prioridade a outros sectores estratégicos para o desenvolvimento do concelho”.»
Excelente e corajosa notícia retirada do Açoriano Oriental.
Ao contrario dessa que está no site oficial da Câmara Municipal de
Ponta Delgada:
“A Câmara Municipal de Ponta Delgada e a Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres assinaram hoje o já habitual protocolo de colaboração, através do qual a autarquia concede um apoio financeiro que, este ano, chega aos 32.500 euros.
Este subsídio destina-se à aquisição de equipamentos diversos para a maior festa religiosa dos Açores e a segunda de Portugal, depois e Fátima. Além deste apoio financeiro, o Município concede à Irmandade o direito terrado na área tradicional das Festas, nomeadamente, Campo de São Francisco, Avenida Roberto Ivens, Avenida Infante D. Henrique até à Praça Vasco da Gama lado Norte e Sul e o Largo Dr. Manuel Carreiro, a que corresponde uma estimativa de proveitos da ordem dos 45.000,00 euros, no período compreendido entre os dias 6 de Maio e 15 de Maio.
O protocolo foi assinado no Salão Nobre dos Paços do Concelho pela Presidente da Câmara, Berta Cabral, e pelo Provedor da Irmandade do Senhor Santo Cristo, António Costa Santos, que sublinhou o facto de o subsídio atribuído anualmente pela autarquia ser indispensável para manter a qualidade destas festas religiosas. Aliás, Costa Santos disse mesmo que, sem o apoio do Município não seria possível realizar as
festas com a grandeza com que as mesmas decorrem todos os anos.”
“Maiores festas religiosas dos Açores”, “segundas maiores de Portugal, depois e Fátima” Mas é o quê?! Uma competição, é?! E em que lugar estão as festas na UFFCBP – União de festas e festinhas com a bênção do Papa? Ah pois.
“Mas são só 32.500€!” E?! Eu o ano passado fiz anos e a Câmara não me ofereceu nada. Cada tostão que vai para uma festa é dinheiro mal gasto. Principalmente nos dias que correm. “Ah! Mas essa festa traz muitos turistas!” Pois trás! Quer dizer…mais ou menos. Já foram muitos mais e por muito mais tempo. Mas acham mesmo que se não houvesse aqueles 32.500€ os turistas não vinham?!
1 comentário:
O marketing municipal no seu melhor. E como somos todos ignorantes ou achamos que só saem verdades das pessoas com responsabilidades políticas, saem-se com essas bocas.
Eu sei que existe uma procissão em Braga que deve movimentar mais que estas nossas festinhas. Só a cidade de Braga tem mais habitantes que São Miguel inteiro.
Todos nós sabemos que o Norte de Portugal é uma região extremamente religiosa, e existem inúmeras festividades religiosas que só não são mais divulgadas porque os seus responsáveis querem manter as suas festas intactas e não entrar em competições patéticas.
Mais, o Santo Cristo está cada vez pior, eu sou do tempo em que eram ás dezenas os vôos com os emigrantes. Eram aviões, alguns deles com capacidade para 400 passageiros que vinham lotados.
Hoje são 4-5 vôos extra para cá e mais 4-5 para lá, realizados pela SATA, com os seus A310, com 220 lugares cada. Façam lá as continhas. Mas quem fala na tv, é como se não tivesse mudado nada.
Como Festa, não vale nada, é uma verdadeira palhaçada o que se passa naquele campo e arredores, porque se mistura tudo ao mesmo tempo, o profano com o religioso de uma forma tremendamente descuidada, sem respeito por quem está genuinamente a cumprir as suas promessas.
A parte profana ficará provavelmente em segundo lugar a contar de baixo para cima nas festividades açorianas. Nem me atrevo a comparar.
No fundo, não passam de umas festinhas de bairro ou freguesia, ampliadas para uma dimensão maior, mas sem qualquer aumento qualitativo.
Para mim, são uma oportunidade para recarregar baterias e descansar, passear, ir á praia, tudo menos o cada vez maior desfile dos vaidosos no Domingo á tarde, e uma semana de confusão no centro da cidade.
Ainda se atrevem a comparar-se com Fátima, uma festa verdadeiramente religiosa.
Haja vergonha!
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