Mega Hiperglicemia - Priscila

Há coisas que nos enchem de orgulho. Uma é esse mapa – da Sibéria ao Alasca, de New Zealand à Argentina, de África do Sul ao Hawaii, esse pontinhos vermelhos dão cor à nossa existência:




Outra coisa que temos orgulho é o nosso grupo de seguidores. Quer dizer, é um misto de orgulho e de pena. Coitados, não foram enganados. Mas não sei bem porquê, o certo é que já são 50. Peço desculpa aos outros todos mas há um, ou melhor uma que me chamou, particularmente, a atenção: a nossa seguidora número 49 – a senhora Priscila.

Ah! Mais importante, aqui para o post, a senhora Priscila, para além do exclusivo e requintado bom gosto, tem um blog: Flutuações da mente.
Passem por lá e digam lá se não tenho razão.

Já agora fiquem com o sue ultimo post, "Dizem que em cada coisa uma coisa oculta mora” de Alberto Caeiro:

"Dizem que em cada coisa uma coisa oculta mora"
"Dizem que em cada coisa uma coisa oculta mora.
Sim, é ela própria, a coisa sem ser oculta,
Que mora nela.

Mas eu, com consciência e sensações e pensamento,
Serei como uma coisa?
Que há a mais ou a menos em mim?
Seria bom e feliz se eu fosse só o meu corpo -
Mas sou também outra coisa, mais ou menos que só isso.
Que coisa a mais ou a menos é que eu sou?

O vento sopra sem saber.
A planta vive sem saber.
Eu também vivo sem saber, mas sei que vivo.
Mas saberei que vivo, ou só saberei que o sei?
Nasço, vivo, morro por um destino em que não mando,
Sinto, penso, movo-me por uma força exterior a mim.
Então quem sou eu?

Sou, corpo e alma, o exterior de um interior qualquer?
Ou a minha alma é a consciência que a força universal
Tem do meu corpo por dentro, ser diferente dos outros?
No meio de tudo onde estou eu?

Morto o meu corpo,
Desfeito o meu cérebro,
Em coisa abstracta, impessoal, sem forma,
Já não sente o eu que eu tenho,
Já não pensa com o meu cérebro os pensamentos que eu sinto meus,
Já não move pela minha vontade as minhas mãos que eu movo.

Cessarei assim? Não sei.
Se tiver de cessar assim, ter pena de assim cessar,
Não me tomará imortal".

Alberto Caeiro

1 comentário:

E. Raposo disse...

"Ema" isso sou eu sempre, com os proxys. Mas tu não vês isso?

Um dia explico-te.