Estou “menente” com essa notícia. Estou a fazer figas para que seja uma peta.
Espero muito sinceramente que isso seja só uma pausa sabática, porque será muito
difícil perder alguém que escreve com a qualidade e sabedoria do meu grande amigo Fiat!
Já agora leiam o último post do amigo que serviu de inspiração para a etiqueta - Sabe bem ter vizinhos assim!”:
"O artigo do professor, ou de quando se escreve para ser lido.
Há na série Xailes Negros, de Zeca Medeiros,uma cena que acho deliciosa.
A acção passa-se nas Sete Cidades.
Anos sessenta/setenta (?).
O professor, que escrevera um artigo para o jornal, saiu à rua orgulhoso, à espera que alguém o tivesse lido, mas foi-se deparando com a indiferença e desconhecimento de todos com quem se cruzava.
Até que decidiu ir ao encontro de uma pessoa que certamente teria lido o artigo:
o padre da freguesia.
Chegado à igreja ficou esmorecido quando o padre lhe confessou que também não lera o seu artigo.
Reparou então que havia algumas folhas de jornais, espalhadas pelo chão da igreja ...
e mesmo debaixo dos pés do padre estava a página com o seu querido artigo.
Então, entristecido, com um nó na garganta, o professor exclamou:
- Oh Sr. padre...francamente!
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A vida e morte dos blogs, ou de como as redes sociais asfixiam a blogosfera
Toda esta história para vos dizer que estou com o "síndroma do professor desanimado porque ninguém leu o seu artigo".
Tal como o professor, faz-me falta o "feed back".
Explicando melhor. Tenho reparado nos últimos tempos aquilo que vocês já terão reparado também; que os blogs estão menos pujantes, menos polémicos, mais adormecidos e, por tudo isso, mais desinteressantes.
Com tanta rede social, os blogs perderam claramente a batalha.
Eu sei que não é um mal que afecta apenas o meu blog.
Ainda recentemente a Maninha fez uma "migração" do seu Alegre ou Triste para o Facebook.
Talvez seja uma alternativa. Quem sabe um dia sigo o seu exemplo.
Mas seja como for, para já está na altura de fazer uma pausa.
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Faça-se Luz! Carpe Diem
O Fiat Lux*Carpe Diem nasceu a 12 Maio de 2008.
Na altura interrogava-me: Para que serve um Blog?
E dizia que fazia o blog "para satisfazer uma necessidade básica: comunicar".
Tentei comunicar.
Dei a minha opinião sobre tudo e mais alguma coisa.
Mas como "quem muito fala pouco acerta" é bem possível que quem muito 'bloga' pouco acerte, também.
Disse na altura, nos meus "estatutos" que o Blog não seria "a favor ou contra os Governo(s) nem a favor ou contra a(s) oposição (ões)" e acho que consegui que assim fosse.
Disse "bem" quando achava que deveria dizer "bem" e disse "mal" quando achava que deveria dizer "mal".
Mas na blogosfera, como na vida real, há muita gente que não consegue analisar nada sem ter
a camisa partidária vestida. Isso empobrece o debate. E deixa qualquer um frustrado.
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O anónimo, ou de como os blogs de "referência" olham de lado para os "intrusos"
O facto de ser um blog anónimo (eu prefiro pseudónimo) levantou reticências a muitos colegas de blogosfera.
Sobretudo blogs de "referência" que evitaram sempre referir-se ao Fiat Lux.
Curiosamente, outros blogs houve, inclusive de âmbito nacional (exemplo do Córtex Frontal, de Medeiros Ferreira e Joana Amaral Dias) que não tiveram nenhum prurido em referir-a ao Fiat Lux, deduzo eu que por lhe reconhecerem algum interesse, já que também para eles eu sou um "ilustre" anónimo.
Sempre defendi, e continuarei a defender, que não é essa condição de anónimo que empobrece ou enriquece um blog. Não considero que o Fiat Lux tenha sido pior ou melhor por ter sido feito por um anónimo.
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Dia F, ou quando a blogosfera condenou o crime ambiental da Fajã do Calhau
O Dia F, contra o crime ambiental da Fajã do Calhau ficará como um marco da existência do Fiat Lux. Valeu o que valeu, mas acho que valeu alguma coisa. Cerca de quatro dezenas de blogs juntaram-se para condenar uma obra que continua, e continuará, envolta em polémica e que para muitos continuará a ser um crime ambiental.
Nesse movimento sugerido por mim, mas que ganhou vida própria e uma dimensão que eu não imaginara, estiveram alguns dos blogs que me foram sempre mais simpáticos e onde encontrei amigos, que continuo sem conhecer pessoalmente.
Caso do InConcreto, do Candilhes, do Máquina de Lavar.
O Dia F acabaria mais tarde por inspirar o dia contra as touradas picadas promovido pelo
In Concreto, o segundo grande movimento da blogosfera açoriana.
Só por isso teria valido a pena criar e manter este Blog ao longo de quase dois anos.
Não me arrependo de nada do que disse.
Embora lamente que muito do que disse não tenha sido compreendido.
(Um dos melhores exemplos será o de algumas pessoas, que lidam mal com a língua portuguesa, terem percebido que eu era homofóbico quando sempre defendi aqui os direitos dos homossexuais !?).
Lamento ainda que alguns tenham visto ataques pessoais onde havia apenas uma opinião sem nenhuma intenção de denegrir e atacar ninguém.
O caso que mais me marcou foi o do Francisco do Entramula que entendeu o que aqui se foi dizendo a propósito do Dia F como um ataque pessoal. Lamento profundamente esse episódio.
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100 mil, ou a história de uma aventura de quem não quis ganhar nenhuma corrida
Decidi anunciar esta pausa na altura exacta em que o Fiat Lux atinge as 100 mil visitas.
Só por encerrar um certo simbolismo. É um número bem redondo.E simpático.
Mesmo sabendo que algumas dessas visitas foram puramente acidentais.
Desde sempre disse, e mantenho mesmo na hora de fecho, que não pretendia fazer corridas com ninguém.
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Adeus, até já...ou até sempre
No meu primeiro post dizia que este
"Blog pode perfeitamente fazer parte dessa busca diária: Carpe Diem!"
Essa é uma busca que vou prosseguir.
A todos os amigos que por aqui passaram e comentaram o meu muito obrigado.
Até sempre.
P.S. Acho que já estou com saudades!
De qualquer modo não fecho a porta de vez."
Um gigantesco abraço para ti, amigo!
2 comentários:
O problema de Fiat, foi o facto de fechar a Anónimos, não acho mal, e a PSEUDÒNIMOS.
Deixou de haver contra pontos.
Segu-se o :ILHAS.
A não ser que o alter Ego, e a masturbação mental de alguem persista.
Não consigo entender o porquê das pessoas se esconderem atrás do anonimato, ou mesmo dum pseudónimo para emitirem a sua opinião.
Falta de confiança no que dizem?
Insegurança nas convicções?
Ou perfilham a máxima de "quem tem cú tem medo?"
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