"A SPEA e as dificuldades da vida associativa"
"Uma das organizações não governamentais mais interessantes de Portugal e, quiçá, mais importantes também – a SPEA – corre o risco de extinguir – no extremo, claro, tal como algumas das aves que procura proteger – caso não se encontre alguém para formar lista e presidir aos seus órgãos sociais, ficando assim ameaçados o nosso Priolo e uma considerável quantidade de aves por este país fora.
A “convocatória” para a participação dos sócios da SPEA na organização de uma comissão, reinstaladora – digo eu – era quase pungente e, de forma mais ou menos inocente, apelava até à manifestação espontânea, no sentido de se encontrar a hipotética-mas-plausível explicação para o momento actual.
Há dias, era a Quercus que se manifestava com preocupação e necessidade de empolgar mais simpatizantes para a “causa natural”, caso contrário, perdia o “estatuto”.
Alguém consegue dizer-me o que se passa com esta malta? Será que não gosta de dar o corpo ao manifesto? Será que deixou de reconhecer validade nas causas, pelas quais já se lutou e se devia continuar? Será que a fibra amoleceu com o passar dos anos? Ou será que a estranha e demasiada politização destas organizações e outras associações faz as pessoas afastarem-se delas?
Independentemente das respostas que possam estar latentes, e em rigor, é graças a estas instituições que muitas coisas escapam – vivas – ao despotismo atrevido de quem sacrifica o planeta e a vida - nas suas mais variadas formas.
No entanto, há uma outra verdade, mais ou menos submersa, que apenas vem à tona quando as coisas não correm pelo melhor: A malta que, aparentemente, julga nada poder fazer, gosta de transformar os voluntariosos em seus bodes expiatórios, ignorando que a vida que hoje vivemos, até mesmo nos Açores, é um pouco madrasta e o tempo que sobra devia ser aproveitado em prol do benefício comum (valorizando as partes envolvidas e a comunidade em geral), sem que para isso tenha que crucificar mais um qualquer Cristo."
Uma valente chamada de atenção pela falta de cidadania da na nossa sociedade, feita pelo grande Carlos Rodrigues, nosso vizinho aqui no :Ilhas.
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