Caro Santa Clara, (deve ser a primeira vez na história que alguém dirigir-se a um clube de futebol como caro. Pronto, o Abramovich quando comprou o Chelsea Football Club, deve ter dito o mesmo e talvez o Vilarinho quando foi a sua vez de pagar a conta do jantar semanal com o Tony) vamos fazer um acordo: eu não vou mais ao estádio de S. Miguel, esta época, mandando os 10€ por jogo, via DHL, e em troca os senhores ganham os jogos em casa. Ou pelo menos, começam a jogar futebol, pode ser?! Ah! Como acho que fico a perder nesse acordo, que propus, acrescento ainda mais umas alíneas: Quero que me seja entregue, todos os sábados à noite, numa Volkswagen Kombi, duas sacas daquele material que os Red Boys On Fire atiravam uns aos outros, ao intervalo. Só porque aquilo parecia divertido.
Mais: os senhores terão que garantir-me que o Netto nunca mais leva a família para o estádio, às costas. É que ele saiu dos balneários com duas crianças e três hérnias e claro que assim ele não pode correr, ou fazer um passe. O Paulo Cândido Serafim da Cruz, Lico para o mundo do futebol e Cristiano Reinaldo com um pé no Benfica para o Marin, vai ter que passar uma semana nas escolinhas do futebol e por sua vez o Stopira, diminutivo de Ianique dos Santos Tavares, tem lugar no onze titular. Até porque a malta gosta de ver golos, não interessa em que baliza. Ah só mais um pormenorzinho: eu queria que, isso para o acordo seja validado, a cadeira do senhor adepto, cuja garganta brotava sons estúpidos parecidos com insultos, seja substituída com um banco com de pregos, à laia dos faquires, mas atenção, os pregos terão que estar disposto de forma a que, no traseiro do dito proprietário da tal garganta, fique tatuado o seguinte nome: Nuno Santos.
Sei que tinha dito que era só mais um pormenor, mas já agora…talvez não seja má ideia retelhar o estádio. É que ver o Santa Clara à chuva não é lá muito agradável. Nem claque do Penafiel escapou à molha.
Enfim, mais uma tarde de domingo perdida (tenho saudades dos jogos matutinos), mais uma oportunidade de isolarmo-nos no segundo lugar desperdiçada. E que nem a alegria dos Red Boys On Fire conseguiu disfarçar o final triste de fim-de-semana. O que vale é que temos um excelente treinador: no final não copiou o discurso semi-oficial, em situações idênticas – culpar os outros. E assumiu todo a responsabilidade e isso, meu caro Vítor Pereira, é meio caminho para o sucesso. Vamos lá ver se é dessa. E depois um treinador que metralha expressões como: “qualidade na dinâmica” só pode ser sinónimo de qualidade.
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