Sabe bem ter vizinhos destes - Dedos no Ar

“EXPERIMENTEM VIVER UM MÊS COM 475€”

“O presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada disse hoje que depois de várias reuniões com empresários das ilhas de S. Miguel e Santa Maria que existe um consenso sobre os efeitos "imperiosos da crise" nas negociações que serão mantidas, em breve, com os sindicatos para a revisão dos contratos colectivos de trabalho.
Segundo o Presidente da CCIPD "cada empresa tem uma posição própria" sobre a matéria salarial, indicando que a tendência apurada nos encontros foi de que não se "pode ir contra a corrente".
Em poucas palavras foi dito o que os empresários queriam: Aumentos? NÃO, Obrigado!
Mas será que esta gente sabe o que é viver com 475 euros, que é o que a grande parte dos trabalhadores recebem?
Por uma questão de lógica, alguns empresários e o Sr. Fortuna deveriam experimentar viver um mês (apenas um) com apenas 475 euros no bolso! Certamente que nos mês seguinte o discurso seria muito diferente!”

Isso e muitos mais dedos nas feridas escritas pelo nosso amigo/vizinho Zeze do Dedos no Ar.

3 comentários:

Anónimo disse...

POR EXEMPLO
PÃO - 30 EUROS
LUZ - 68 EUROS
ÁGUA - 24 EUROS
RENDA DA CASA - 280 EUROS
TV 23 EUROS
COMBUSTIVEL - 100 EUROS

TOTAL 485 EUROS

ISSO SÃO DESPEZAS CARANTIDAS QUE QUALQUER FAMILIA TEM DE SUPORTAR, PERGUNTO TÁL IGUAL AO NOSSO AMIGO CANDILHES, COMO SE PODE VIVER COM O SALÁRIO MINIMO

divagador disse...

tá certo sim senhor

um mês assim e mudavam logo de opinião

Jordão disse...

Pois meu caro,

Eu também faço essa pergunta muitas vezes.

E depois há ainda aquelas pessoas que andam de transportes públicos. Por exemplo se viver na minha terra – Ribeira Grande e se trabalhar em Ponta Delgada, gasta por mês, mais de 200€ só em autocarros.

O Nuno Barata escreveu que não podemos generalizar e nisso ele têm razão. Pois há por aí muito bom empresário que prefere ficar sem ordenado do que ver algum dos seus empregados com o ordenado por receber. Há muitos patrões que valorizam e muitos os seus empregados. Há muitos empregadores que se preocupam verdadeiramente com o bem estar dos seus colaboradores, como agora está em voga dizer. Mas também há muitos, e atrevo-me a dizer que são a maioria, que só se preocupa consigo e quando menos pagar melhor.
E depois há ainda a terceira parte envolvido na questão: o Estado. Que somos nós mas cuja conta bancária é muito mas muito mal gerida: o ordenado mínimo podia ser muito melhor mas o problema é que é preciso pagar os TGVs, as pontos e aeroportos de Lisboa, os estádios do Euro, os brutos ordenados dos deputados e suas respectivas reformas, os serviços dos assessores, as indemnizações aos magníficos administradores, é preciso subsidiar a fundação Mário Só ares e por aí a fora.

Cumprimentos