Memo d'veras # 58

Ao rubro...

Afinal há gente que lê mesmo isto. E mais, há gente que fica incomodada com isto ao ponto de entupir as caixas de comentários em defesa da virgem ofendida...


Positivo:

Esta semana, falou-se de pescas junto à costa. E bem esteve o Governo ao proibir a pesca. E logo a seguir muito mal ao dar o dito por não dito e suspender a lei.

Afinal de contas estamos a consumir um recurso limitado com uma rapidez que trará certamente repercussões muito graves às gerações vindouras. Junto à costa é onde a reprodução das espécies é feita e possibilitar um pequeno aumento na população piscícola. Esse pequeno aumento é posto em causa sempre que um singelo barco de boca aberta atira as redes e trás para terra peixe que segundo as normas nunca poderia ser capturado.

E isto acontece milhares e milhares de vezes por dia, todos os dias. Todos os dias há pequenas infracções que todos nós dizemos que não terão efeito e que não é por apanhar aquele chicharrinho miúdo que se come tão bem com uma batatinha cozida, ou aquela petinga que se come em cima de uma fatia de pão de milho e uma talhada de melancia ao lado.

E compreendo que alguns até reclamem, compreendo que para alguns aquele peixinho acabado de apanhar é um sustento que faz falta, mas que me perdoem a maioria dos pescadores, mas está em causa um bem maior.

O que é facto é que as pescas tem sido cada vez menos proveitosas e que o preço tem disparado em flecha ao ponto de sair mais barato uma meia dose de bife do lombo que um kg de chicharrinhos que se apelida de comida de pobres.
Para isto têm contribuído os grandes desta industria que impõem com mão de ferro os preços a praticar. Isso é outra história.

Foi positivo tentar salvaguardar um bem de todos. Os gritos e as ameaças de pescadores com fraca inteligência e muita pouca razão fizeram com que como de costume, a força da cruz no papel falasse mais alto e voltássemos atrás numa decisão em que temos todo o direito de intervir e de zelar.

Muito mau foi voltar com a palavra. Mau. Muito mau mesmo.

E ainda bem que as condições de segurança são um must. Um desporto de elite como é a F1, necessita de ter todas as condições e mais algumas para que acidentes que aconteçam (e acontecem mesmo...) sejam minorados.

Felipe Massa da Scuderia Ferrari foi atingido na cabeça por uma peça solta do carro do conterrâneo Rubens Barrichelo, provocando de imediato a perda de controle do bólide e a consequente e aparatosa pancada deste com os pneus no exterior da pista.

Ainda bem que estes pilotos são obrigados a usar os sistemas de protecção da coluna e tem ao seu dispor mecanismos de segurança que permitem por exemplo, que numa colisão de tal envergadura seja possível escapar com ferimentos e não sem a vida. Tal a força da pancada e certamente que um qualquer veículo teria sido desfeito e o passageiro não teria a "sorte" de ter "apenas" "..uma fractura do crânio e uma contusão no cérebro..."

É um bom piloto e merece que a Ferrari aposte nele e no seu talento. Certamente voltará e mais tarde ou mais cedo terá a oportunidade que lhe tem escapado.
E nós, amantes do desporto, damos um suspiro de alivio por tanta medida contribuir efectivamente para que um desporto tão perigoso, possa efectivamente ser um pouco mais seguro.

Vão começar a voar os Dash.

Finalmente vamos ver se realmente a aposta "verde" e com menos pegada ambiental e mais não sei o quê vale mesmo a pena.
Antes de ver e vendo bem as coisas, o aumento do numero de lugares permitirá reduzir despesas e aumentar a capacidade de carga entre ilhas.

Agora será que o preço vai baixar? Mas vocês são tolos ou quê? E toma lá com a taxa de combustível para te calares...


Negativo:

O direito de resposta é sagrado. Lá porque realmente não pertecemos à "nata" da sociedade Açoriana não faz de nós anónimos. Eu sou eu e tenho direito a dizer de que gosto e sobretudo daquilo que me aborrece.

Ver que há umas virgens ofendidas que se picam todas porque levaram troco é altamente entusiasmante, dado que ao fim ao cabo não gastamos latim em vão.
A resposta do Jordão foi brilhante e pontuada com o humor que lhe caracteriza a escrita e que tentamos ter no blog.

E não venham os outros que agora começam a sair da toca por cheirarem a oportunidade de figurarem numa lista da oposição. Não somos por vós. Não vale a pena incitarem ou fomentarem a discórdia. Cerrem as vossas fileiras e inundem de trampa a blogosfera de posts tendenciosos e aborrecidos como é vosso apanágio.

Deixem-nos fora disso, ok?

Esperem de nós o mesmo de sempre: criticas construtivas ou mesmo daquelas de bota-abaixo quando apetece, mas sempre sempre sempre sem termos em vista um lugar numa lista, uma coluna no jornal ou apenas a fama que aparentemente já nos faz granjear ódios e insultos nas caixas de comentários.

Até incitamos os comentários.
Avisamos apenas que as respostas serão certamente (como é nosso apanágio) piores que os insultos e por certo acabarão por voltar para casa com o rabinho entre as pernas...


Mas já chega disto. Voltando à vaca fria...


E responsáveis pelo continuo atrasar do funcionamento dos transportes marítimos na Região? Até quando poderão ficar impunes os senhores directores e os comandantes de barquinhos de borracha perante tanta asneira?

Agora vêm com estudos. Dezenas de milhões depois... Um estudo. Tá certo. Se concluir que realmente quem decidiu tanta coisa mal é incompetente, acredito. Mas até ver, cheira-me que não.

Urge rapidamente repensar os transportes. Não vale a pena andar a tapar o sol com a peneira. Os responsáveis têm que ser apurados e sobretudo substituídos por gente competente.

E quem ontem foi ver os Xutos saiu de lá sem ver nada.

Arrisco-me a dizer que o flop que foi o novo CD é directamente proporcional à bosta pegada que foi o concerto. Desde uma presença em palco atabalhoada, a um constante pagar no copo sempre cheio de cerveja... Muito mau.
Se era para trazer Portugueses, antes trazer pela milionésima centésima vez os Blasted Mechanism ou então os UHF...

Esta falta de seriedade perante o público não se compadece com que os Xutos sabem e podem fazer. Ficamos com a sensação que estão em boa forma para a reforma.