Hipoglicemia - “Crie saudades. Todos nós temos a ganhar”

Imagem e citações retiradas do Açoriano Oriental ou da sua Revista Açores.


Será que era mesmo necessário gastar 200.000€ numa “campanha governamental destinada a “sensibilizar habitantes locais para receber melhor os turistas” ou como lhe chamou Miguel Cymbron, director regional do Turismo, um “rimender” a “nós todos”? É que até ao dia 24 vamos ter que gramar com isso.

Basta conhecer um pouco a história do Açores para ver-mos que desde sempre fomos muitíssimo acolhedores. Veja-se por exemplo o caso do Nordeste, que foi elevado a vila, mesmo sem pedir, a 18 de Julho de 1514, por D. Manuel I, pois era um importante e mais perto porto, sobretudo em algumas épocas do ano, na rota das Índias. Tudo porque a simpatia das poucas almas que viviam na ponta Leste de S. Miguel, empregue na ajuda às embarcações, que passavam ao largo do Açores, na parte final do regresso à Capital do Império.

Portanto, essa nova campanha publicitária é dinheiro deitado ao lixo! Porque poucos recebem melhor do que os Açorianos. Como provam frases como: “na minha casa come-se a melhor Alcatra, venha provar!”; “Venha aqui ‘provare’ os nossos petiscos enquanto espera pelo touro!” ou então “entre e diga-me se a minha Angélica não é melhor a do meu vizinho!”. Portanto meus senhores, os Açorianos precisam de tudo menos de incentivos para sermos acolhedores, está-nos muito entranhado. Deviam, isso sim, de realizar campanhas publicitárias, ligados ao turismo, por exemplo, para ensinar aos nossos visitantes estrangeiros a comer tremoços. O dinheiro assim seria melhor empregue!

O mesmo já não se aplica à grande maioria dos “profissionais” de mesa/bar. Mas o problema não se aplica exclusivamente a eles. É preciso ter um brilho profissional muito bom para sorrir, ser simpático e atencioso para com os clientes, quando o patrão está ao berros na cozinha, empregador esse, que lhe paga o ordenado mínimo, quando o paga! Por isso é que casos como o do Sário e de restaurantes como o Pavillon são cada vez mais raros, infelizmente!

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