Com apenas 17.13 km² e 425 segundo, os censos de 2001, a ilha dista da vizinha Flores apenas 13 milhas.
Tal como Pedro Coelho, jornalista da SIC, também ficamos que a sensação que no Corvo existem 425 ilhas isoladas, apenas conectadas com o resto do Mundo pela Internet. Não queremos dizer com isso que não fomos bem acolhidos, antes pelo contrário. Os corvinos são extremamente simpáticos e muito afáveis com os seus visitantes, mas no que diz respeito em relação inter-pessoais com os seus conterrâneos as coisas não são bem assim. É o preço do isolamento mas sobretudo do tamanho da ilha. Afinal são sempre as mesmas 425 caras que vêm todos os dias.
Migalha de terra no vasto Oceano, o Corvo presenteia-nos com as suas magníficas lagoas, no meio de uma deslumbrante cratera que, com muita imaginação, podes vislumbrar as nove ilhas dos Açores.
O gado à solta nos baldios à volta do Caldeirão e nas terras altas. O pão de Açúcar, a zona das quintas de frutas, tudo articulado entre si fazem com que a mais pequena ilha do arquipélago parece um quadro magistralmente criado, em tons de verde, em contraste com o branco do casario, da parte velha da vila, com as suas medievais, apertadas ruas. O Porto Velho, o Porto do Boqueirão, agora pouco usado, a praia da areia e a pista do aeródromo completam da melhor maneira possível a paisagem única do Corvo, que tem no Estreitinho com 725m de altitude o seu ponto mais alto.
Na ilha o passado, retratado no Largo da Cancela, transmite os seus valores para o futuro, reflectido na nova geração de Corvinos, porque na terra onde o sol fica até mais tarde, o tempo não é dono de ninguém.
Como chegar lá: A Sata liga o pequeno Aeródromo do Corvo e a sua pista de 860 metros, com o seu peculiar Dornier (dentro de em breve com um dos Dash Q200) ao aeroporto das Lajes na Terceira, da Horta e Flores, três vezes por semana, normalmente: segundas, quartas e sextas. Por outro lado, a muito confortável e seguríssima “lancha rápida” Ariel, com capacidade para 12 pessoas liga o Porto da Casa ao porto de Santa Cruz das Flores em pouco mais de 30 minutos. O preço ronda os 10€, por percurso e, em princípio, a partir de 2009 irá fazer parte da lista de itinerários abrangidos pelo cartão Interjovem, o que é uma excelente notícia.
Como se deslocar: sendo de reduzidas dimensões, a ilha pode ser percorrida a pé, no entanto os poucos quilómetros que separam a Vila do Caldeirão são palmilhados numa estrada íngreme. Na ilha existem dois interessantes trilhos disponíveis. Não existem empresas de aluguer de viaturas mas o muito simpático senhor Carlos Reis e o seu “concorrente” João António Mendonça estão sempre disponíveis para percorrer a ilha nas suas viaturas as 9 lugares, cada (5€ - preços de 2008 e por pessoa).
Onde ficar: a Casa de Hóspedes Comodoro é sem dúvida uma boa escolha sendo que também existem algumas casas particulares que alugam quartos, como por exemplo a de Leonel Jorge, Raul Trindade e Agostinho Hilário. Do outro lado da vila, mesmo junto à Praia da Areia e paralelo à pista 12 do Aeródromo da ilha, situa-se o parque de campismo onde, apesar de ter as condições mínimas, estão previstas obras.
Onde comer: o restaurante Caldeirão, já aqui apresentado, e restaurante Traineira mostram o que de melhor de cozinha no Corvo. Não deixe de experimentar o peixe sempre fresquíssimo, a invulgar e famosa alga patinha e o delicioso queijo do Corvo, de sabor único e cujo futuro já esteve em risco. Existe ainda dois snack-bares, um propriedade do senhor Carlos Reis, o Snack-Bar Irmãos Metralha e o outro propriedade da Associação de Bombeiros mais pequena dos Açores.
3 comentários:
Ali no segundo parágrafo convém substituir "Corno" por "Corvo".
E não é que eu ainda não fui a esta ilha? Estive nas Flores mas não pude ir ao Corvo, com muita pena minha.
Um dia eu hei-de lá ir... (profunda nostalgia enche a minha alma ao pensar nisto)
Uma ilha muito agradável de se visitar, com um povo simpático e acolhedor, num ambiente muito original. recomendo a todos uma visita sem pressas pelo menos uma vez, embora eu já tenha repetido e gostado
Obrigado Inarq pela chamada de atenção. O Corvo vale mesmo a pena, não só pela singularidade mas sobretudo pelas pessoas e pela paisagem.
Caro geocrusoe tem toda a razão. Sem pressas é a forma ideal de ver a ilha, aliás essa é a forma ideal de conhecer alguma coisa. Pelo menos penso eu de que…
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