De certo que já reparou, isso para quem vê o Discovery e afins, que os americanos dizem sempre que têm a melhor profissão do mundo. Nem que seja escrever discursos para o presidente – pronto essa deve ser a excepção, pois devem se sentir muito frustrados a escrever para alguém com aquele nível intelectual.
Aqui, nesse país à beira mar plantado, com o seu Paraíso a 2000 km, as coisas não são bem assim.
Porquê? Bem, não somos Sociólogos nem nada do género, mas visto assim à laia de conversa de esplanada, nos Estados Unidos a disparidade entre os ordenados das inúmeras classes operárias não são tão abismais como aqui.
Ainda assim, não posso queixar-me. Apesar de quase nunca recebemos um obrigado - recebemos dois o ano passado e ainda estão fixados no expositor, ser voluntário tem muito de bom. Desde já a sensação de ser útil à sociedade. E depois há sempre a adrenalina, a emoção, de arriscar a nossa vida por alguém que nem sequer conhecemos. Ir a sítios que mais ninguém vai, fazer aquilo que poucos são capazes, sobreviver a ambientes hostis, fazem tudo parte do dia a dia dos milhares de bombeiros espelhados pelo planeta fora (só nos Estados Unidos a cada 20 segundos há uma chamada para um incêndio!).
Mas porquê ser bombeiro, arriscar a sua vida e ainda por cima, não receber nada em troca? Se todos os argumentos transcritos em cima não o convenceram, então podemos deixar mais alguns. Por exemplo, nos incêndios estamos sempre quentinhos, nas inundações e prevenções de mau tempo vem sempre alguém levar-nos comida quentinha. Ah, quase que esquecia-me das melhores, temos SporTv e existe sempre, fortes possibilidades da água do duche estar quente. Isso sim é que é emocionante.
Peço desculpa por esse pequeno momento de jactância mas hoje é um dia muito especial!
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