Hipoglicemia - viticultura nos Açores.

Depois de um fim-de-semana onde se mostrou o que melhor se produz por cá (região país e Mundo), urge parar um pouco para delinear novas estratégias para a viticultura nos Açores.

Longe de nós querer substituir os profissionais na matéria, mas aqui à laia de conversa de esplanada, porque é que nos Açores não se investe naquilo que é nosso, aquilo que é único? Debruçamos no exemplo dos vinhos regionais.

Muitos dos nossos visitantes descrevem os Açores como um misto do melhor da Irlanda, Hawaii e New Zealand. Ora é precisamente do outro lado do planeta que vem um exemplo que bem podíamos seguir. Com um solo de origem vulcânico, tal como o nosso, as duas ilhas do Hemisfério Sul, tem na sua temperatura média relativamente baixa um entrave à produção de vinho tintos de qualidade. Daí que especializaram-se na produção de vinho branco, sendo nesse momentos um do melhores produtores e ainda com uma elevada margem de progressão.

Não acha essa descrição do clima muito semelhante com o nosso? Então porque razão é que não nos concentramos mais na produção de brancos. Ainda por cima temos a história do nosso lado, onde o nosso vinho em temos, já fora exportado para países tão longínquos como a Rússia, como mostra o nosso Czar.

Temos que triunfar pela diferença, pela originalidade. E isso não se faz com tintos com ou sem a designação reserva de qualidade mediana (isso para ser simpático) e que a produção custa uma pequena fortuna. Gostávamos de ouvir vossas opiniões, de especialistas e não só, por favor manifestam-se.