Longe vai o tempo dos Jogos Sem Fronteiras ou mesmo das produções regionais, que mesmo com orçamentos muito reduzidos, eram interessantes fiéis retratos da nossa terra e das nossas Gentes. A televisão que uniu e deu a descobrir ainda mais os ilhéus está a passar uma profunda crise financeira e não só. Urge fazer-se algo! Não podemos permitir que o bloco central da estação televisiva, paga por todos nós, continue a desprezar a “delegação” Açores.
Exemplos como vimos, ou melhor não vimos, no último Santo Cristo, apesar da comunidade emigrante Açoriana ser das mais, senão a mais representativa, são inadmissíveis. A RTP, através do seu canal internacional, prestou um péssimo serviço a todos que lá fora vivem aqueles dias de uma forma muito especial.
O problema é que casos como esses são cada vez mais frequentes. E mais grave ainda é o facto de ser uma empresa paga pelos nossos impostos e como tal, com sérias obrigações para com os Portugueses, estejam eles onde estiverem.
Por cá, as coisas não estão melhores, antes pelo contrário. As limitações financeiras, impostas mais pela sede do que pela crise, não podem ser a resposta a tudo. A falta de profissionalismo de muito jornalistas é gravíssima. E mostra a falta de qualidade das nossas universidades, ou então esses ditos profissionais esqueceram-se de tudo o que aprenderam.
Ainda temos bem fresco na memória as duas reportagens, ambas na mesma semana, sobre futebol na Vila de Rabo de Peixe. Se fosse para a Liga dos Últimos, estavam mesmo paupérrimas, mas não, pior, estas foram para o ar em horário nobre, no telejornal e no programa de desporto regional. Não existe um director de informação que supervisiona, corrige e, em último caso, faz desaparecer do Planeta tais peças (que era o que deveria acontecer com tais mencionadas)?
Dito de outra forma, e para o referido “jornalista” perceber, palavras como cocó com um M e cágado sem o acento, não são muito dignas de apareceram na televisão, ainda por cima à hora de jantar!
Mais, na era da globalização, como é possível haver jornalistas, novos, acabados de sair das universidades, sem capacidade para realizar uma entrevista (algumas não são dignas do nome) em Inglês ou outra qualquer língua estrangeira?
Como é possível realizar um trabalho de investigação sem ouvir, ou pelo menos tentar ouvir, todas as partes envolvidas?
Como é possível lançar calúnias, para depois e apesar dos difamados apresentarem provas contrárias, essas não serem desmentidas?
Os jornalistas e os meios de comunicação têm um papel fundamental na educação de uma sociedade. A calúnia e a falta de ética não podem fazer parte desse trabalho. Há que mudar, há que ser mais profissional, mesmo que seja só para uma audiência muito pequena. É que o bom trabalho será sempre valorizado e consequentemente virão mais espectadores.
5 comentários:
Eu por mim fechava a rtp-açores.Hoje em dia já não serve o seu propósito. Se antes ela unia os açorianos, hoje em dia com a difusão da RTP1 por todo o arquipélago fez com que um dos pressupostos da rtp-açores tenha deixado de existir.
Mais, a rtp-açores, pelo menos a última vez que a vi, não passava de uma rtp-memória com telejornais regionais e um programa desportivo.
Em relação à qualidade dos jornalistas acho que não vale a pena comentar. O Moura no Bom dia é o espelho do mau jornalismo. Mas na rábula com a tia maria do nordeste ele era brilhante.
Mais valia gastar o dinheiro e difundir os 4 canais nacionais por todas as ilhas, e deixar uma delegação nos açores para assegurar um telejornal regional e alguns programas de cariz regional que poderia substituir o programa "regiões" na rtp1.
Por falar em viabilidade económica: será que vale a pena deixar a universidade dos açores em agonia financeira e manter os polos em angra e horta? Serão estes polos rentáveis, ou minimamente rentáveis??
Já reparam que o telejornal é gravado?! É que a qualidade das camara não dá garantias!
Sabem o que tenho a dizer sobre o assunto? É deixá-los "se cagarem-se todos!"
Tenho dito!!
Adeus e Pronto!
o que acontece com o telejornal é o seguinte:
Ele é emitido em directo, no final apenas se grava a abertura e fecho com o nome "notícias". Como as notícias são as mesmas qual era alegria em voltar a ver em directo?
Quanto as que querem fechar a rtp-açores compreendo que seja um comentário de frustração. Eu também fico frustrado com a generalidade da emissão. No entanto não sei qté que ponto se pode falar de um programa que provavelmente não se vê. A rtp-a está a passar um grande mau bocado (por causa da rtp de lisboa) mas tenho visto algumas melhorias e esforços que apesar de não causar grande impacto sempre alenta a esperança de virmos a ter um canal mais digno.
O director, Pedro Bicudo, tem-se visto "à rasca" para por akilo a andar, a casa já leva anos de vícios e esquemas extremamente burocráticos. No entanto, sou da opinião que a rtp-a é o(a) filho(a) não desejado da rtp do continente mas que tem que gramar com ele. Até quando? Não se sabe. Sei sim que muitas melhorias não acontecem pelas grandes restrições orçamentais e logísticas impostas pelos "bébés do continente"!
Manguitos pra eles!
P.S. - um manguito especial e fofinho para o jornalista desportivo, o "Mota" que deve pensar que faz peças para o canal privado de Rabo de Peixe.
Já agora um manguitozinho para quem lhe renovar o contracto.
Relativamente ao comentário anterior, como rabopeixense, acho que este canal privado poderia incluir o que de bom se faz e há na Vila, e não basear-se na podridão, que faz parte de uma minoria. Sim minoria, porque Rabo de Peixe tem cerca de 8000 habitantes... Quanto ao post, já comentei noutros posts sobre aquelas reportagens e não tenho mais nada a dizer... Cumprimentos a todos. CTerceira
Enviar um comentário