Memo d'veras #5

Esta semana foi como de costume, bastante fértil em notícias negativas. Actualmente parece que fazer reportagens é mostrar como o mundo está mal e como a nossa sociedade está em desgraça. Não digo que não, e certamente não digo para fazermos de avestruzes. Mas nem tanto ao mar, nem tanto à terra.


Ora então vamos ao Positivo:


- Nem este camarada sabia como estava já tão divulgados os trilhos pedestres nos Açores. Parece que era um segredo bem guardado pelos estrangeiros dos residentes. Sempre ouvi falar dos trilhos que se percorriam antigamente para chegar às zonas que hoje são pontos turísticos, mas julgava que se tinham perdido com a chamada “modernização”. Parece que não! Ainda bem!


- Uma repórter mediana, na minha humilde opinião, transformou-se num ícone da TV Pública. Fátima Campos Ferreira e os seus “Prós e Contras” têm nos brindado com programas de interesse público e com excelente condução por parte da mesma. Relembro o programa dedicado ao futebol em que a senhora tomava conta das gritarias do “Major Valentão” como nenhum outro repórter parece ser capaz de fazer. O programa desta semana dava para uma destas “coisas” que escrevo. O petróleo e as constantes subidas do preço da gasolina nesta terra à beira mar plantada.


Negativo:


-Myanmar saiu das manchetes. Não que esteja resolvido – apenas já não rende noticias bombásticas nos telejornais. O governo não quer ajuda de fora? E as pessoas? Será que querem?


- Terramoto na China. Mais de 50000 mortos em recente comunicado oficial. Se em si o evento é trágico, a decisão de aceitar a ajuda internacional e de abrir mais o País ao resto do Mundo é de louvar.


- Era inevitável não falar de novo no petróleo. O estudo sobre a concertação de preços parece as obras em Ponta Delgada – até se vê gente a trabalhar nisso, mas não se vê trabalho feito. Perguntem ao Zé Povinho se há cartelização de preços. Desde o petróleo aos bens alimentares. A lei de mercado não se fez para “Tugas”. Somos corruptos por natureza.

Esta semana fica ainda marcada pelos protestos via SMS e e-mail:


“Não abasteça no dia X.”


“Não compre na gasolineira Y”


Realmente temos de fazer algo. Mas não assim. Infelizmente não vejo medidas eficientes contra este poder instituído. Somos nós contra as grandes companhias e o (des) governo. É uma luta desigual entre David e Golias e este último comprou o árbitro…


Temos de nos unir e temos de protestar. Afinal de contas ainda somos nós quem elegemos aqueles “marmanjos” todos no Parlamento.

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